Agência France-Presse
postado em 04/06/2013 13:53
Paris - Quatorze empresas francesas voltarão a ser julgadas por corrupção no caso "Petróleo por Alimentos" no Iraque, indicou nesta terça-feira uma fonte judicial. Três pessoas físicas, intermediárias, também serão julgadas após a conclusão das investigações iniciadas em abril de 2006, segundo a mesma fonte. A decisão de reenvio, assinada pelos juízes em 29 de maio, é consistente com as conclusões da Promotoria de Paris.
[SAIBAMAIS]As empresas são suspeitas de ter depositado 10% em dinheiro do valor de contratos adquiridos em Bagdá, em troca da assinatura desses contratos com o Iraque, sob o regime de Saddam Hussein. Para o Iraque, que sofria com o embargo internacional, o objetivo era recuperar divisas sem o conhecimento das Nações Unidas. As 14 empresas, incluindo a Renault Trucks (veículos pesados), Legrand (eletricidade) e Schneider Electric (eletricidade), foram acusadas de "corrupção de funcionários públicos estrangeiros".
Em vigor de 1996 a 2003, o programa "Petróleo por Alimentos" foi concebido pela Organização das Nações Unidas para atenuar os efeitos sobre a população de um embargo econômico imposto ao Iraque após a invasão do Kuwait em 1990. Ele permitia a Bagdá vender uma quantidade limitada de petróleo sob estrita supervisão da ONU em troca de ajuda humanitária e de bens de consumo. Mas descobriu-se que o regime iraquiano havia conseguido burlar esse programa e embolsar 1,8 bilhão dólares por meio de vendas paralelas e superfaturamento.
O envolvimento dessas empresas foi denunciado em outubro de 2005, em um relatório da comissão independente de investigação da ONU, liderada pelo ex-presidente do Federal Reserve Paul Volcker. Cerca de 2.200 empresas de sessenta países foram citadas nesse relatório por terem pago propina ao governo de Saddam Hussein. Em outro capítulo deste caso, vinte réus da companhia petroleira francesa Total, seu CEO Christophe de Margerie, ex-embaixadores e o ex-ministro do Interior Charles Pasqua, foram julgados em fevereiro. O Tribunal anunciará sua decisão em 8 de julho.
[SAIBAMAIS]As empresas são suspeitas de ter depositado 10% em dinheiro do valor de contratos adquiridos em Bagdá, em troca da assinatura desses contratos com o Iraque, sob o regime de Saddam Hussein. Para o Iraque, que sofria com o embargo internacional, o objetivo era recuperar divisas sem o conhecimento das Nações Unidas. As 14 empresas, incluindo a Renault Trucks (veículos pesados), Legrand (eletricidade) e Schneider Electric (eletricidade), foram acusadas de "corrupção de funcionários públicos estrangeiros".
Em vigor de 1996 a 2003, o programa "Petróleo por Alimentos" foi concebido pela Organização das Nações Unidas para atenuar os efeitos sobre a população de um embargo econômico imposto ao Iraque após a invasão do Kuwait em 1990. Ele permitia a Bagdá vender uma quantidade limitada de petróleo sob estrita supervisão da ONU em troca de ajuda humanitária e de bens de consumo. Mas descobriu-se que o regime iraquiano havia conseguido burlar esse programa e embolsar 1,8 bilhão dólares por meio de vendas paralelas e superfaturamento.
O envolvimento dessas empresas foi denunciado em outubro de 2005, em um relatório da comissão independente de investigação da ONU, liderada pelo ex-presidente do Federal Reserve Paul Volcker. Cerca de 2.200 empresas de sessenta países foram citadas nesse relatório por terem pago propina ao governo de Saddam Hussein. Em outro capítulo deste caso, vinte réus da companhia petroleira francesa Total, seu CEO Christophe de Margerie, ex-embaixadores e o ex-ministro do Interior Charles Pasqua, foram julgados em fevereiro. O Tribunal anunciará sua decisão em 8 de julho.