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Oposição síria promete lutar contra o regime 'até a libertação do país'

Aos rebeldes, o chefe da coalizão afirmou que "as luta e reivindicações são legítimas. E é por isso que a vitória está assegurada"

Agência France-Presse
postado em 05/06/2013 14:10
Beirute - O chefe interino da Coalizão da oposição síria, George Sabra, afirmou nesta quarta-feira (5/6) que seu movimento continuará a combater o regime "até a libertação" do país, apesar da tomada pelo Exército e pelo Hezbollah do reduto rebelde de Qousseir. Qousseir "é uma pequena batalha onde nós (os rebeldes) provamos um heroísmo fora do comum, mas outras batalhas ainda virão até a libertação de todo o país", declarou Sabra durante um discurso em Istambul difundido pelos canais árabes.

[SAIBAMAIS]Aos rebeldes, Sabra afirmou: "sua luta e suas reivindicações são legítimas. E é por isso que a vitória está assegurada". "Vocês irão combater esta gangue terrorista e seus líderes em Qom e em Teerã", declarou o líder da oposição em referência ao Hezbollah xiita libanês, que combate ao lado das tropas governamentais, e ao Irã, aliado regional do regime de Bashar al-Assad.



Sabra denunciou ainda os "invasores", em alusão aos combatentes do Hezbollah, prometendo a esses "criminosos a derrota e a humilhação". Ele também lançou um alerta, evocando o estado de emergência em que se encontram 15.000 civis ameaçados por "um massacre e genocídio" após a tomada de Boueida al-Charqiya, último reduto rebelde ao norte de Qousseir.

O regime de Bashar al-Assad e seu poderoso aliado, o Hezbollah libanês, tomaram dos rebeldes nesta quarta-feira a cidade estratégica de Qousseir, devastada por duas semanas de intensos combates. Sobre esta conquista, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, considerou que o presidente sírio "marcou um ponto".

"É incontestável. Agora, na história do conflito, desta tragédia, vemos que algumas cidades que foram conquistadas foram retomadas", declarou à imprensa. Qousseir, localizada na província central de Homs perto da fronteira com o Líbano, é estratégica por ligar Damasco ao litoral e por ser uma rota para armas e combatentes.

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