postado em 05/06/2013 19:37
Buenos Aires ; O presidente da organização não governamental Instituto Argentino de Ferrovias (IAF), Pablo Martorelli, fez novas acusações nesta quarta-feira (5/6) contra a empresa brasileira América Latina Logística (ALL), cujo contrato foi rescindido na segunda-feira (4/6) pelo governo da presidenta Cristina Kirchner. Segundo ele, a empresa abandonou 60% da malha ferroviária de 8 mil quilômetros, que usava desde 1999 para transporte de carga, ;e rejeitou novos clientes, prejudicando a economia argentina, para beneficiar sua própria frota de caminhões brasileiros, que faziam o mesmo trajeto que os trens;.Martorelli disse, em entrevista à Agência Brasil, que a expulsão da empresa brasileira da Argentina vinha sendo pedida há anos. A privatização da rede ferroviária argentina, que ocorreu nos anos 1990, é questionada há décadas: as empresas privadas que ganharam as concessões têm sido acusadas de investir pouco em manutenção, graças, em parte, à falta de fiscalização do Estado. ;Mas de todas as empresas privadas que ganharam concessões na Argentina, a ALL é a pior;, disse Martorelli. ;A ALL desmantelava a malha de ramais ativos para fundir o material e foi denunciada e flagrada várias vezes;.
Na segunda, o Ministro do Interior e do Transporte da Argentina, Florencio Randazzo, anunciou a rescisão dos contratos com a ALL e outra empresa argentina, que tinha a concessão do Trem da Costa. Ele disse que, como nenhuma das duas cumpriu o estipulado, o Estado não terá que pagar indenização.
No início da noite de ontem, a ALL soltou um comunicado em que informa que ;adotará todas as medidas legais cabíveis; em relação à decisão do governo argentino de rescindir os contratos da empresa na Argentina.