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UE adverte Turquia contra repressão, mas prossegue com discussões de adesão

Vários países europeus denunciaram as brutalidades policiais contra os manifestantes, que há oito dias pedem a renúncia de Erdogan

Agência France-Presse
postado em 07/06/2013 11:49
Istambul - O comissário de Ampliação da União Europeia (UE) advertiu nesta sexta-feira (7/6) em Istambul contra o uso excessivo da força na repressão aos protestos que agitam a Turquia, mas descartou que a atual crise comprometa as negociações de adesão do país ao bloco.

Manisfestante acena em sinal de vitória durante um protesto em Ancara
"As manifestações pacíficas constituem um caminho legítimo de expressão das opiniões. O uso excessivo da força policial não tem cabimento em uma sociedade democrática", disse o comissário Stefan Füle em um discurso na presença do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.

"Permitam-me pedir à Turquia que não abandone seus valores de liberdade e de respeito dos direitos humanos. E permitam-me assegurar que, da nossa parte, não temos a intenção de abandonar o processo de adesão da Turquia à UE", completou. Vários países europeus denunciaram as brutalidades policiais contra os manifestantes, que há oito dias pedem a renúncia de Erdogan.



A chanceler alemã . "Temos acompanhado os acontecimentos na Turquia e acreditamos que os manifestantes estão em um Estado de Direito e que, por essa razão, o poder deve comportar-se com os manifestantes de acordo com o Estado de Direito", disse Merkel.

Segundo o balanço mais recente da Associação de Médicos da Turquia, a repressão e os confrontos deixaram três mortos (dois manifestantes e um policial) e 4.785 feridos, 48 deles em estado grave.

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