Agência France-Presse
postado em 07/06/2013 12:52
Cairo - O presidente do Egito, Mohamed Mursi, chamou de absurdo o pedido para que sejam realizadas eleições presidenciais antecipadas no Egito, em uma entrevista publicada nesta sexta-feira (7/6) no jornal governamental Al-Ahram. No Egito "há uma Constituição e há leis. Organizamos uma eleição livre e imparcial, e falar de uma eleição presidencial antecipada é absurdo e ilegítimo", declarou o chefe de Estado eleito em junho de 2012.Os organizadores de uma campanha batizada de "Tamarrod" (rebelião, em árabe) afirmam ter reunido mais de sete milhões de assinaturas para exigir a saída de Mursi e convocaram uma manifestação para o dia 30 de junho - aniversário da entrada em funções do presidente - em frente ao palácio presidencial.
Partidos e organizações políticas tais como Al-Dostur, do prêmio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, e o Movimento 6 de Abril, um dos líderes da revolta de 2011, anunciaram seu apoio a esta campanha.
Os opositores de Mursi o acusam de querer governar exclusivamente segundo os interesses da Irmandade Muçulmana e de não ter conseguido enfrentar a grave crise política e econômica atravessada pelo Egito.