Vaticano - O Papa Francisco, que se encontrou neste sábado com o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, considera necessário que os governos do mundo protejam de modo "unânime" a liberdade religiosa, que chamou de direito fundamental. "No mundo de hoje, se fala de liberdade religiosa mais do que se concretiza", lamentou o Papa.
"As graves ofensas que são infligidas a este direito fundamental são fonte de séria preocupação e devem provocar uma reação unânime dos países para reafirmar, contra qualquer atentado, a dignidade intangível da pessoa humana", ressaltou o pontífice. O Papa destacou "o enfraquecimento da família e dos vínculos sociais", assim como a "diminuição demográfica".
Segundo um comunicado da Santa Sé, Francisco e Napolitano conversaram sobre a "degradação preocupante dos conflitos na zona do Mediterrâneo e a instabilidade na região norte-africana". O Papa destacou as boas relações entre a Igreja e a Itália e pediu aos italianos, em particular os mais jovens, que voltem a confiar na política.
Giorgio Napolitano foi reeleito presidente da República este ano aos 87 anos. Por falta de alternativa, Napolitano aceitou uma nova candidatura após um apelo dos partidos. O presidente disse que a liberdade religiosa é um "ponto cardeal" da Constituição italiana e "nosso dever é defendê-la onde quer que for".