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Grã-Bretanha quer explicações sobre escutas de espionagem

Agência responsável pelas escutas vai entregar relatório para esclarecer seu vínculo com o programa Prism de espionagem

Agência France-Presse
postado em 08/06/2013 14:20
Londres - A agência oficial responsável pelas escutas na Grã-Bretanha entregará nos próximos dias um relatório à Câmara dos Comuns para esclarecer seus vínculos eventuais com o programa de espionagem na internet Prism, utilizado pelos serviços de inteligência americanos, que provoca grande polêmica nos Estados Unidos.

A Comissão Parlamentar para a Inteligência e a Segurança "receberá um relatório completo do GCHQ", o serviço governamental de comunicações, "muito rapidamente e decidirá as medidas que devem ser adotados quando tiver as informações", disse o presidente da comissão, Malcolm Rifkind.

O relatório pode ser apresentado na segunda-feira. O jornal The Guardian informou ter em seu poder documentos que provam que o GCHQ tinha acesso ao sistema Prism desde pelo menos junho de 2010.

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[SAIBAMAIS]O GCHQ se recusou a fazer comentários e insistiu que simplesmente trabalha "em um marco jurídico e político estrito". O opositor Partido Trabalhista também pediu ao governo esclarecimentos sobre o uso do controverso programa americano Prism.

"As agências de inteligência têm que ser capazes de conseguir informações do exterior, especialmente para executar seu trabalho fundamental contra as ameaças terroristas", afirmou a porta-voz trabalhista Yvette Cooper. "Mas isto deve acontecer dentro de um marco legal aprovado pelo Parlamento para que existam garantias apropriadas", disse.

O porta-voz trabalhista para as Relações Exteriores, Douglas Alexander, pediu ao secretário do Foreign Office, William Hague, que apresente explicações.

O jornal americano Washington Post e o britânico Guardian informaram na quinta-feira que os serviços de inteligência americanos utilizavam dois programas secretos: um que permite monitorar desde 2006 as comunicações telefônicas nos Estados Unidos realizadas pela operadora Verizon e outro, batizado PRISM, que tem como objetivo interceptar as comunicações em nove importantes redes sociais, incluindo o Facebook.

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