Agência France-Presse
postado em 08/06/2013 17:29
Istambul - A principal coalizão da oposição síria reiterou neste sábado sua negativa em participar de eventuais negociações internacionais de paz, alegando que os recentes acontecimentos na guerra civil tinham "fechado as portas" a qualquer iniciativa política."O que acontece na Síria nesses dias fecha por completo as portas a qualquer discussão sobre conferências internacionais e iniciativas políticas", disse George Sabra, líder interino da Coalizão Nacional Síria, em uma coletiva de imprensa em Istambul.
O dirigente opositor sírio se referia à iniciativa liderada pelos Estados Unidos e Rússia para convencer o governo e os rebeldes sírios a participar das negociações de paz em Genebra.
"A guerra declarada pelo regime e seus aliados na região alcançaram um nível que não podemos ignorar", disse Sabra.
No dia 30 de maio, a coalizão já tinha declarado que não participaria de qualquer negociação de paz, enquanto o Irã e o movimento libanês Hezbollah apoiarem as tropas regulares sírias em terra.
Na coletiva de imprensa, Sabra disse que o Hezbollah, junto com Irã e Iraque (países com maioria xiita), se esforçavam para mergulhar a Síria em um "conflito sectário", mas acrescentou que a oposição não será arrastada a isso porque "transformaria nossas vidas em um inferno".
O governo de presidente sírio, Bashar al-Assad, está dominado por membros da comunidade alauíta, um ramo do xiismo, ao mesmo tempo que os rebeldes são majoritariamente sunitas.
Este mesmo sábado, o secretário geral da Coalizão Nacional Síria, Mustafa Sabagh, voltou a pedir aos países ocidentais que cedam armas aos grupos rebeldes.
Segundo Sabagh, a coalizão síria acalmou as preocupações de vários países sobre a transferência de armas, mas recebeu "em retorno apenas algumas promessas, poucas das quais foram cumpridas".
Neste sábado, a televisão estatal síria afirmou que as forças governamentais retomaram o controle da cidade de Quseir, considerada o último grande bastião rebelde.