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Após novos combates, onda de rebeldes sírios feridos chega ao Líbano

Muitos combatenes andaram dias para chegar ao país vizinho

Agência France-Presse
postado em 08/06/2013 17:44
Baalbeck - Dezenas de rebeldes sírios feridos e de refugiados chegaram neste sábado ao Líbano, após fugirem da região de Qousseir tomada pelo regime, anunciaram autoridades libanesas, relatando alguns depoimentos.

"Vejo feridos e refugiados chegando aqui a Aarsal desde o início da revolução síria (em março de 2011), mas ainda não tinha visto nada tão duro", disse à AFP Ahmad Hojeiri, chefe adjunto da prefeitura dessa localidade de maioria sunita no leste libanês.

Segundo um membro dos serviços de segurança, dezenas de rebeldes feridos estão em Aarsal, e pelo menos 28 deles "foram transportados pela Cruz Vermelha libanesa para hospitais de Bekaa", em áreas que não são controladas pelo Hezbollah. O grupo é aliado do Exército sírio.

"Vimos muitas pessoas chegarem hoje, incluindo pelo menos 50 feridos. Alguns tinham ferimentos leves, outros estavam em más condições", declarou Hojeiri, sem especificar o número de civis e de combatentes.

[SAIBAMAIS]"Muitos dos que chegaram hoje vieram de Boueida al-Charquiya", último reduto rebelde tomado pelo Exército na região de Qousseir, acrescentou.

"Eles chegaram arrasados, não têm nada. Alguns chegaram a pé", contou. "Falei com alguns refugiados, e eles descreveram cenas de destruição total", completou.

"Um dos civis com os quais eu falei vinha de Qousseir. Ele disse que levou quatro dias para chegar a Aarsal. Ele está em completo estado de choque. Ele estava tentando tirar sua mulher e seus dois filhos quando um obus caiu. Ele perdeu sua família", contou.



"Outros me descreveram a viagem. Eles comiam folhas para sobreviver na estrada. Um outro homem me disse que havia um acordo para deixar as pessoas saírem de Boueida al-Charquiya, mas, quando elas saíram, foram pegas em uma emboscada. A maioria foi morta, ou ferida", continuou.

Neste sábado, o regime sírio anunciou ter assumido o controle da região estratégica de Qousseir (centro-oeste), enquanto o Conselho de Segurança da ONU pediu acesso humanitário "imediato" à área.

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