Mundo

Seis islamistas britânicos são condenados a prisão por planejarem atentado

Plano fracassou supostamente porque os cinco membros que se dirigiam à manifestação - todos menos Hasseen - chegaram duas horas depois que os participantes do ato se dispersaram

Agência France-Presse
postado em 10/06/2013 10:22
Londres - Seis extremistas islâmicos britânicos foram condenados nesta segunda-feira em Londres a até 19 anos e meio de prisão por terem planejado um atentado contra uma manifestação da extrema direita que não se concretizou porque o protesto terminou antes do esperado.

Os seis acusados, Omar Mohammed Khan, Jewel Uddin, Zohaib Ahmed, Mohammed Saud, Anzal Hussain e Mohamed Hasseen receberam suas sentenças no Tribunal Penal Central de Londres depois de terem se declarado culpados em abril de preparar um ato terrorista de 1 de maio a 4 de julho de 2012.

O grupo, originário de Birmingham (centro da Inglaterra), tramava supostamente atacar uma manifestação da ultradireitista e anti-islâmica English Defence League (EDL) no dia 30 de junho em Dewsbury (norte), utilizando duas escopetas, espadas, facas e uma bomba de fabricação caseira cheia de metralhas.

Mas o plano fracassou supostamente porque os cinco membros que se dirigiam à manifestação - todos menos Hasseen - chegaram duas horas depois que os participantes do ato, que, segundo a polícia, reuniu até 750 pessoas, se dispersaram.

[SAIBAMAIS]

Três dos acusados, Khan, de 31 anos, Uddin, de 27, e Ahmed, de 22, foram condenados a 19 anos e meio de prisão, com uma extensão de 5 anos de liberdade condicional.

Os outros, Saud, de 23 anos, Hussain, de 25, e Hasseen, de 24, receberam uma pena de 18 anos e nove meses, com a mesma extensão de 5 anos.

Todos deverão passar ao menos dois terços de suas penas atrás das grades, e, em caso de libertação antecipada, cumprir o restante de suas sentenças e mais outros cinco anos em liberdade condicional.

Leia mais notícias em Mundo

A trama foi descoberta após um controle de tráfego quando os homens retornavam de Birmingham. Os agentes pararam seu veículo por problemas na documentação. Mas eles encontraram as armas e cópias de uma carta dirigida aos "inimigos de Alá", incluindo a rainha Elizabeth II, o primeiro-ministro David Cameron e a EDL, na qual reivindicavam o atentado.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação