Agência France-Presse
postado em 10/06/2013 17:19
Washington - A região central da China, a menos desenvolvida do país, gera 80% das emissões de dióxido de carbono relacionadas com os bens consumidos ao longo de seu abastado litoral, revelaram cientistas em um estudo divulgado esta segunda-feira (10/6). A China é o maior emissor de dióxido de carbono do mundo e se comprometeu em reduzir até 2020 estas emissões por unidade do Produto Interno Bruto entre 40% e 45% com relação aos níveis domésticos de 2005.
Mas o estudo, publicado no periódico americano Proceedings of the National Academy of Sciences, sugere que os esforços atuais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa têm sido frustrados por causa da forma como se estabeleceram as metas para as áreas mais poluentes. "A China estabeleceu metas de emissão que são mais estritas nas províncias costeiras mais ricas do que em províncias menos desenvolvidas do interior", afirmou Laixiang Sun, pesquisador da Universidade de Maryland, co-autor do estudo. "Isto pode reduzir as emissões em uma região, mas na China como um todo, você descobre que as emissões de CO2 continuam a subir, porque as fábricas poluentes se mudaram para as regiões menos desenvolvidas", acrescentou.
A China emitiu cerca de 10 gigatoneladas de dióxido de carbono em 2011. O estudo atual se baseia em dados disponibilizados em 2007, quando a cifra era de 7,2 gigatoneladas, e usaram um modelo econômico de ;input; e ;output; pra rastrear os fluxos comerciais em setores e regiões.
Um total de 57% das emissões chinesas de combustíveis fósseis têm como origem itens de produção que eventualmente são consumidos em uma província diferente ou em outro país, demonstraram os cientistas. Até 80% das emissões relacionadas com bens consumidos em locais como Pequim, Tianjin, Xangai e Guangdong se devem a itens importados de províncias menos desenvolvidas no centro e no oeste do país, afirmaram.
Quando levada em conta a poluição vinculada a exportações de regiões abastadas do litoral, os cientistas descobriram que 40% destas emissões se originaram no centro, no norte e do oeste da China. Naquelas regiões menos populosas do interior do país, são comuns tecnologias e fábricas ineficientes que geram emissões de combustíveis fósseis.
No entanto, como parte de sua promessa para conter as emissões, o plano da China de reduzir os níveis de emissões até 2015 responde por um corte de apenas 10% no oeste e de 19% ao longo da costa leste. "Isto é lamentável porque as reduções mais baratas e mais fáceis estão nas províncias do interior, onde melhorias tecnológicas modestas poderiam fazer uma enorme diferença nas emissões", afirmou Steve Davis, pesquisador de mudanças climáticas da Universidade da Califórnia em Irvine. "Áreas mais ricas costumam ter metas muito mais estritas, portanto é mais fácil para elas simplesmente comprar produtos feitos em outro lugar. Uma meta nacional que rastreie as emissões incorporadas no comércio avançaria muito na solução do problema. Mas não é o que está acontecendo", acrescentou.
O estudo também contou com cientistas da Universidade de Londres, do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicada da Áustria, da Universidade de Leeds, da Academia Chinesa de Ciências, da Universidade de Cambridge e da Universidade da Academia Chinesa de Ciências.
Mas o estudo, publicado no periódico americano Proceedings of the National Academy of Sciences, sugere que os esforços atuais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa têm sido frustrados por causa da forma como se estabeleceram as metas para as áreas mais poluentes. "A China estabeleceu metas de emissão que são mais estritas nas províncias costeiras mais ricas do que em províncias menos desenvolvidas do interior", afirmou Laixiang Sun, pesquisador da Universidade de Maryland, co-autor do estudo. "Isto pode reduzir as emissões em uma região, mas na China como um todo, você descobre que as emissões de CO2 continuam a subir, porque as fábricas poluentes se mudaram para as regiões menos desenvolvidas", acrescentou.
A China emitiu cerca de 10 gigatoneladas de dióxido de carbono em 2011. O estudo atual se baseia em dados disponibilizados em 2007, quando a cifra era de 7,2 gigatoneladas, e usaram um modelo econômico de ;input; e ;output; pra rastrear os fluxos comerciais em setores e regiões.
Um total de 57% das emissões chinesas de combustíveis fósseis têm como origem itens de produção que eventualmente são consumidos em uma província diferente ou em outro país, demonstraram os cientistas. Até 80% das emissões relacionadas com bens consumidos em locais como Pequim, Tianjin, Xangai e Guangdong se devem a itens importados de províncias menos desenvolvidas no centro e no oeste do país, afirmaram.
Quando levada em conta a poluição vinculada a exportações de regiões abastadas do litoral, os cientistas descobriram que 40% destas emissões se originaram no centro, no norte e do oeste da China. Naquelas regiões menos populosas do interior do país, são comuns tecnologias e fábricas ineficientes que geram emissões de combustíveis fósseis.
No entanto, como parte de sua promessa para conter as emissões, o plano da China de reduzir os níveis de emissões até 2015 responde por um corte de apenas 10% no oeste e de 19% ao longo da costa leste. "Isto é lamentável porque as reduções mais baratas e mais fáceis estão nas províncias do interior, onde melhorias tecnológicas modestas poderiam fazer uma enorme diferença nas emissões", afirmou Steve Davis, pesquisador de mudanças climáticas da Universidade da Califórnia em Irvine. "Áreas mais ricas costumam ter metas muito mais estritas, portanto é mais fácil para elas simplesmente comprar produtos feitos em outro lugar. Uma meta nacional que rastreie as emissões incorporadas no comércio avançaria muito na solução do problema. Mas não é o que está acontecendo", acrescentou.
O estudo também contou com cientistas da Universidade de Londres, do Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicada da Áustria, da Universidade de Leeds, da Academia Chinesa de Ciências, da Universidade de Cambridge e da Universidade da Academia Chinesa de Ciências.