Agência France-Presse
postado em 10/06/2013 18:55
Istambul - O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, deu um primeiro passo concreto nesta segunda-feira (10/6) para solucionar a grave crise que sacode o país há 11 dias ao aceitar se reunir na quarta com os representantes dos grupos que exigem a sua renúncia. Enquanto isso, o presidente Abdullah Gül promulgou nesta segunda a polêmica lei defendida pelo governo conservador islâmico que restringe o consumo, a venda e a publicidade de bebidas alcoólicas no país.
Depois de uma nova jornada de mobilizações, principalmente em Istambul e Ancara, o chefe de governo surpreendeu ao anunciar sua primeira reunião com aqueles que na véspera havia definido como "extremistas". "Nosso primeiro-ministro receberá certos membros dos grupos que organizam estas manifestações. Acredito que ele se reunirá com alguns na quarta-feira", declarou o vice-primeiro-ministro Bülent Arinç, após o conselho de ministros. "Eles receberão um panorama dos fatos e nosso primeiro-ministro escutará o que eles têm a dizer", explicou Arinç.
No entanto, o porta-voz adotou novamente um tom mais firme ao afirmar que "as manifestações ilegais não serão toleradas na Turquia", sem dar maiores detalhes. A violenta intervenção da polícia para retirar os manifestantes que ocupavam o parque na manhã do dia 31 de maio provocou choques que logo se transformaram no maior movimento de protesto contra o governo islâmico conservador, que está no poder há uma década. E novos confrontos entre manifestantes e policiais logo voltaram a ocorrer na noite desta segunda, com bombas de gás lacrimogêneo sendo disparadas pelas forças de ordem na capital Ancara.
No domingo, Erdogan endureceu o tom diante das manifestações, chegando ao ponto de usar os meios de comunicação para falar a seus seguidores em seis oportunidades. "Aqueles que não respeitarem o partido no poder neste país pagarão o preço", disse o líder turco na capital. "Se continuarem a agir assim, vou utilizar a linguagem que entendem porque minha paciência tem limites", acrescentou.
O primeiro-ministro está certo de que tem o apoio da maioria dos turcos e pediu a seus seguidores que "deem uma lição" de democracia aos manifestantes nas próximas eleições municipais, em 2014. Em 2011, o partido de orientação islamita Justiça e Desenvolvimento (AKP), ao qual pertence Erdogan, obteve 50% dos votos. A última pesquisa do Pew Research Center realizada no mês de março dava ao primeiro-ministro 62% de popularidade.
Muito influenciada pelos acontecimentos e pelo tom utilizado pelo chefe de governo, a Bolsa de Istambul fechou nesta segunda novamente em queda de 2,48%, antes do anúncio da reunião entre Erdogan e os manifestantes. O AKP anunciou a realização de dois atos públicos no próximo final de semana, no sábado em Ancara e no domingo em Istambul, oficialmente para lançar a campanha do partido para as eleições municipais do ano que vem.
Apesar da preocupação manifestada por alguns países, os organizadores da 17; edição dos Jogos Mediterrâneos, previstos para entre 20 e 30 de junho em Mersin (sul), anunciaram nesta segunda que serão o evento será realizado como previsto, apesar da agitação política atual.
Depois de uma nova jornada de mobilizações, principalmente em Istambul e Ancara, o chefe de governo surpreendeu ao anunciar sua primeira reunião com aqueles que na véspera havia definido como "extremistas". "Nosso primeiro-ministro receberá certos membros dos grupos que organizam estas manifestações. Acredito que ele se reunirá com alguns na quarta-feira", declarou o vice-primeiro-ministro Bülent Arinç, após o conselho de ministros. "Eles receberão um panorama dos fatos e nosso primeiro-ministro escutará o que eles têm a dizer", explicou Arinç.
No entanto, o porta-voz adotou novamente um tom mais firme ao afirmar que "as manifestações ilegais não serão toleradas na Turquia", sem dar maiores detalhes. A violenta intervenção da polícia para retirar os manifestantes que ocupavam o parque na manhã do dia 31 de maio provocou choques que logo se transformaram no maior movimento de protesto contra o governo islâmico conservador, que está no poder há uma década. E novos confrontos entre manifestantes e policiais logo voltaram a ocorrer na noite desta segunda, com bombas de gás lacrimogêneo sendo disparadas pelas forças de ordem na capital Ancara.
No domingo, Erdogan endureceu o tom diante das manifestações, chegando ao ponto de usar os meios de comunicação para falar a seus seguidores em seis oportunidades. "Aqueles que não respeitarem o partido no poder neste país pagarão o preço", disse o líder turco na capital. "Se continuarem a agir assim, vou utilizar a linguagem que entendem porque minha paciência tem limites", acrescentou.
O primeiro-ministro está certo de que tem o apoio da maioria dos turcos e pediu a seus seguidores que "deem uma lição" de democracia aos manifestantes nas próximas eleições municipais, em 2014. Em 2011, o partido de orientação islamita Justiça e Desenvolvimento (AKP), ao qual pertence Erdogan, obteve 50% dos votos. A última pesquisa do Pew Research Center realizada no mês de março dava ao primeiro-ministro 62% de popularidade.
Muito influenciada pelos acontecimentos e pelo tom utilizado pelo chefe de governo, a Bolsa de Istambul fechou nesta segunda novamente em queda de 2,48%, antes do anúncio da reunião entre Erdogan e os manifestantes. O AKP anunciou a realização de dois atos públicos no próximo final de semana, no sábado em Ancara e no domingo em Istambul, oficialmente para lançar a campanha do partido para as eleições municipais do ano que vem.
Apesar da preocupação manifestada por alguns países, os organizadores da 17; edição dos Jogos Mediterrâneos, previstos para entre 20 e 30 de junho em Mersin (sul), anunciaram nesta segunda que serão o evento será realizado como previsto, apesar da agitação política atual.