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Monarquias do Golfo estabelecem sanções contra membros do Hezbollah

As ricas monarquias petroleiras do Golfo acolhem grandes comunidades libanesas de diferentes correntes religiosas, incluindo a xiita, que, no entanto, não manifestam sua filiação política nesses países, onde os partidos são proibidos

Agência France-Presse
postado em 10/06/2013 19:43
Riade - As monarquias petroleiras do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) anunciaram nesta segunda-feira (10/6) sanções contra "os membros" do Hezbollah xiita libanês afetando seus interesses "financeiros e comerciais", em represália pela intervenção armada desse partido na Síria.

Em um comunicado, o CCG indica que seu conselho ministerial "decidiu tomar medidas contra os membros do Hezbollah afetando sua presença e suas operações financeiras e comerciais nos Estados membros".

Reunido no domingo, o Conselho Ministerial do CCG (Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Catar) havia anunciado medidas de retorsão contra "os interesses do Hezbollah", sem indicar a natureza dessas medidas.

As ricas monarquias petroleiras do Golfo acolhem grandes comunidades libanesas de diferentes correntes religiosas, incluindo a xiita, que, no entanto, não manifestam sua filiação política nesses países, onde os partidos são proibidos. Em seu comunicado, as seis monarquias denunciam "com veemência a flagrante intervenção do Hezbollah libanês na crise síria".



Elas ressaltam que "a participação do Hezbollah no derramamento do sangue do povo sírio irmão revelou a natureza do partido e seus verdadeiros objetivos que superam os limites do Líbano e da nação árabe", referindo-se a sua aliança com o Irã xiita. "A intervenção ilegítima do Hezbollah e as práticas desprezíveis de seus milicianos na Síria afetarão seus interesses nos países do CCG", ameaça o comunicado, pedindo "que o governo libanês assuma suas responsabilidades quanto à atitude do Hezbollah e as suas práticas ilegais e desumanas na Síria e na região".

O Hezbollah mobilizou centenas de homens armados na Síria, onde auxiliaram o exército de Bashar al-Assad a retomar dos rebeldes a cidade estratégica de Qousseir, na semana passada, após intensos combates.

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