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Em violentos combates, exército e rebeldes sírios se enfrentam em Aleppo

A ofensiva rebelde quer neutralizar a cobertura aérea, principal arma do regime de Bashar al-Assad, um dia após o Exército anunciar uma grande operação para libertar a província de Aleppo

Agência France-Presse
postado em 11/06/2013 06:17
Cenas de destruição são comuns em Aleppo: região segue sendo disputada por rebeldes e pelo exércitoDamasco - Os rebeldes sírios tomaram parcialmente nesta segunda-feira (10/6) uma base aérea da província de Aleppo, onde o Exército regular prepara uma grande ofensiva contra a cidade de Aleppo para reconquistar áreas controladas pela oposição armada, informaram fontes concordantes. As tropas da oposição capturaram o prédio do radar do aeroporto militar de Mennegh, onde desde o domingo ocorrem violentos combates, revelou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), destacando que a Força Aérea bombardeou o perímetro do complexo.

A ofensiva rebelde parece destinada a neutralizar a cobertura aérea, principal arma do regime de Bashar al-Assad, um dia após o Exército anunciar uma grande operação para libertar a província de Aleppo. "É provável que a batalha de Aleppo comece ou nas próximas horas, ou nos próximos dias, para recuperar os povos e cidades ocupadas (pelos rebeldes) na província", informou uma fonte ligada ao Exército sírio.

O responsável, que não deu mais informações, acrescentou que "o exército árabe sírio está pronto para executar sua missão nesta província". Na semana passada, as tropas de Bashar al-Assad, apoiadas pelos militantes armados do Hezbollah, retomaram o conjunto da região de Qousseir, um bastião rebelde no centro-oeste do país. Analistas estimavam que após a vitória em Qousseir, Assad lançaria ofensivas em outras regiões do país que estão fora de seu controle.



[SAIBAMAIS]Os rebeldes lançaram a batalha de Aleppo há quase um ano e, desde então, os combates e bombardeios são diários na segunda cidade do país, ex-capital econômica da Síria. O jornal sírio Al Watan, próximo ao poder, informou que o Exército "começou a enviar grandes contingentes à província de Aleppo, se preparando para uma batalha no interior da cidade e em sua periferia".

O Observatório Sírio de Direitos Humanos revelou há três dias que o Exército sírio concentrava "milhares" de soldados na região de Aleppo com o objetivo de tomar as posições rebeldes e cortar as vias de fornecimento em armas desde a Turquia. O OSDH destacou que o Hezbollah enviou "dezenas de quadros para treinar centenas de sírios xiitas para o combate".

Os alauítas, comunidade do presidente Assad, são um braço do xiismo. Os rebeldes são, em sua maioria, sunitas. Na cidade de Homs, onde subsistem focos de resistência rebeldes sitiados há um ano, militantes expressaram o temor de que sejam os próximos alvos depois de Qousseir. O Al Watan informou que "o Exército vai utilizar a experiência de Qousseir, na região de Ghuta (próximo a Damasco) e avançar na província de Hama (centro) contígua à de Homs".

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