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Farc propõe adiar eleições de 2014 na Colômbia mas governo rejeita

O chefe negociador da guerrilha, Iván Márquez, considerou que é preciso colocar o interesse coletivo da paz à frente de qualquer outra circunstância que atrapalhe o objetivo do que nos convocou a Havana

Agência France-Presse
postado em 11/06/2013 11:59
Havana - A guerrilha comunista das Farc propôs nesta terça-feira (11/6) adiar por um ano as eleições de 2014 na Colômbia, o que foi rejeitado de imediato pela delegação do governo de Juan Manuel Santos na retomada das negociações de paz em Havana.

"Vamos abrir um debate nacional sobre a urgência e a conveniência de adiar o calendário eleitoral por um ano (...). Consideramos que é preciso colocar o interesse coletivo da paz à frente de qualquer outra circunstância que atrapalhe o objetivo do que nos convocou a Havana", disse à imprensa o chefe negociador da guerrilha, Iván Márquez.



Afirmou que, para adiar as eleições - o que implicaria estender o mandato do presidente Santos e dos legisladores - seria preciso convocar uma Assembleia Constituinte, algo contemplado no artigo 376 da carta magna colombiana. No entanto, o chefe negociador do governo, Humberto de la Calle, rejeitou de forma categórica esta proposta: "Isto não vai (acontecer), uma Constituinte não".

"Não devemos nos distrair em propostas que pouco contribuem para a clareza, como ocorre com a suposta prolongação do período dos eleitos", declarou De La Calle à imprensa antes do início das negociações a portas fechadas no Palácio das Convenções em Havana.

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