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FBI inicia investigação penal contra o informante Edward Snowden

Esta é a primeira confirmação de que o governo americano está investigando Snowden, um especialista em informática de 29 anos que confessou ter vazado informações sobre os programas de espionagem

Agência France-Presse
postado em 13/06/2013 12:58
Washington - O diretor do FBI, Robert Mueller, confirmou nesta quinta-feira (13/6) que teve início uma investigação penal contra Edward Snowden, o ex-funcionário da CIA que vazou informações sobre programas de inteligência do país. "É alvo de uma investigação penal em andamento. Estes vazamentos causaram danos importantes ao nosso país e a nossa segurança. Tomamos todas as medidas necessárias para que esta pessoa seja responsabilizada por estes vazamentos", declarou Mueller em uma audiência na Câmara de Representantes.

Snowden, que era funcionário de uma empresa que prestava serviços para a Agência de Segurança Nacional
[SAIBAMAIS]Esta é a primeira confirmação de que o governo americano está investigando Snowden, um especialista em informática de 29 anos que confessou ter vazado informações sobre os programas de espionagem. Snowden, que era funcionário de uma empresa que prestava serviços para a Agência de Segurança Nacional (NSA), se encontra atualmente em Hong Kong e afirmou que lutará contra qualquer tentativa dos Estados Unidos de extraditá-lo.



Mueller defendeu os programas de monitoramento dos registros telefônicos e de comunicações pela internet, ao assegurar que foram aprovados por um juiz e que são conformes à Constituição. Acrescentou que o governo estava determinado a garantir o direito à privacidae e as liberdades civis, mesmo que continue empenhado em prevenir possíveis ataques terroristas contra os Estados Unidos.

O governo americano afirmou que, embora a NSA tenha compilado grande quantidade de registros telefônicos, não podia ter acesso a um usuário específico sem autorização de um tribunal secreto, e ressaltou que a vigilância da internet não foi realizada sobre americanos nem estrangeiros em solo americano. A China se mostrou cautelosa diante do caso, e nesta quinta-feira (13/6) pareceu se distanciar.

"Não tenho nenhuma informação a fornecer", respondeu Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa, depois de receber várias perguntas relacionadas a um possível pedido de asilo de Snowden ou sobre o local exato no qual se encontra.

A imprensa estatal chinesa também não se manifestou muito, mas o jornal China Daily indicou nesta quinta que as informações sobre os programas "certamente mancharão a imagem americana no exterior e colocarão à prova as ligações sino-americanas".

Altos funcionários americanos acusaram o governo da China de agir com hackers contra alvos militares, empresariais e de infraestrutura, algo negado por Pequim, que se considera vítima de ciberataques.

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