Agência France-Presse
postado em 15/06/2013 13:48
Sincan - Milhares de pessoas manifestaram neste sábado (15/6), em Ancara, seu apoio ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, alvo de protestos nas ruas há duas semanas.
"Contra a bagunça na Praça Taksim" e "Contra os extremistas, a verdadeira Turquia" eram alguns dos lemas dos manifestantes na capital turca.
[SAIBAMAIS] Militante do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), Ekrem Cakir "sempre votou em Erdogan". Mesmo que o ato público do dia tenha sido oficialmente convocado para lançar a campanha das eleições municipais de 2014, Cakir foi até lá para defender o homem forte do país.
"Nós não deixaremos que nosso primeiro-ministro seja vítima de uma conspiração feita na Turquia e no exterior", diz, orgulhoso, o comerciante de 32 anos.
Ao redor de Cakir, a praça central de Sincan está tomada por uma multidão que chega aos montes em ônibus fretados pelo AKP, conhecido pela organização de grandes eventos.
Por todo lado, faixas e cartazes dão o tom da reunião: "Você pediu que nós viéssemos, nós viemos", "A última palavra será do povo, e não dos vândalos". "O mundo vê a realidade, agora", grita uma pessoa, em inglês, dirigindo-se à imprensa estrangeira.
Desde o início das manifestações, Erdogan aposta na "verdadeira Turquia", que votou em peso nele em 2002, 2007 e 2011, contra os manifestantes que o acusam de autoritarismo e "islamização" da sociedade turca.
"O maior governante turco"
Em resposta, o AKP não escolheu a localidade de Sincan por acaso. É aqui que o Exército posicionou uma fileira de tanques em 1997, provocando a queda, sem derramamento de sangue, do primeiro governo islamita da Turquia, comandado por Necmettin Erbakan, mentor político do atual primeiro-ministro.
Aos pés da tribuna, os militantes do AKP denunciam em coro o desrespeito ao ídolo Erdogan nas manifestações que, em Istambul, Ancara ou Izmir (oeste do país), continuam pedindo sua saída.
"Eles choram por um punhado de árvores em Istambul", denuncia Ahmet Durmaz, 45 anos, que veio com a família aplaudir aquele que chama de "maior governante turco".
"Nosso primeiro-ministro se doou de corpo e alma para este país", diz. "Quem além dele poderia conhecer melhor Istambul e seus problemas?"
Sem hesitação, todos estes partidários falam da forte personalidade do chefe de estado e do tom firme adotado por ele desde o início da crise frente às pessoas que ele chama, ao longo do discurso, de "impostores" ou "extremistas".
"Contra a bagunça na Praça Taksim" e "Contra os extremistas, a verdadeira Turquia" eram alguns dos lemas dos manifestantes na capital turca.
[SAIBAMAIS] Militante do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), Ekrem Cakir "sempre votou em Erdogan". Mesmo que o ato público do dia tenha sido oficialmente convocado para lançar a campanha das eleições municipais de 2014, Cakir foi até lá para defender o homem forte do país.
"Nós não deixaremos que nosso primeiro-ministro seja vítima de uma conspiração feita na Turquia e no exterior", diz, orgulhoso, o comerciante de 32 anos.
Ao redor de Cakir, a praça central de Sincan está tomada por uma multidão que chega aos montes em ônibus fretados pelo AKP, conhecido pela organização de grandes eventos.
Por todo lado, faixas e cartazes dão o tom da reunião: "Você pediu que nós viéssemos, nós viemos", "A última palavra será do povo, e não dos vândalos". "O mundo vê a realidade, agora", grita uma pessoa, em inglês, dirigindo-se à imprensa estrangeira.
Desde o início das manifestações, Erdogan aposta na "verdadeira Turquia", que votou em peso nele em 2002, 2007 e 2011, contra os manifestantes que o acusam de autoritarismo e "islamização" da sociedade turca.
"O maior governante turco"
Em resposta, o AKP não escolheu a localidade de Sincan por acaso. É aqui que o Exército posicionou uma fileira de tanques em 1997, provocando a queda, sem derramamento de sangue, do primeiro governo islamita da Turquia, comandado por Necmettin Erbakan, mentor político do atual primeiro-ministro.
Aos pés da tribuna, os militantes do AKP denunciam em coro o desrespeito ao ídolo Erdogan nas manifestações que, em Istambul, Ancara ou Izmir (oeste do país), continuam pedindo sua saída.
"Eles choram por um punhado de árvores em Istambul", denuncia Ahmet Durmaz, 45 anos, que veio com a família aplaudir aquele que chama de "maior governante turco".
"Nosso primeiro-ministro se doou de corpo e alma para este país", diz. "Quem além dele poderia conhecer melhor Istambul e seus problemas?"
Sem hesitação, todos estes partidários falam da forte personalidade do chefe de estado e do tom firme adotado por ele desde o início da crise frente às pessoas que ele chama, ao longo do discurso, de "impostores" ou "extremistas".
"É um homem que respeitamos e que apoiaremos até o fim. Um chefe tem o dever de defender seu povo e é isso o que ele faz", diz Ayse Melik, 22 anos, uma estudante de véu que agita a bandeira turca no meio do espaço reservado às mulheres, em frente ao palco.
"Nós estamos aqui para mostrar que confiamos nele, simplesmente", diz a jovem. Muito exaltada, uma jovem militante da AKP interrompe a colega para pedir que "Tayyip" não se deixe abater pelos protestos. "Quando as circunstâncias pedem", diz a mulher, "um bom chefe deve ter a audácia de cerrar os dentes".
"Nós estamos aqui para mostrar que confiamos nele, simplesmente", diz a jovem. Muito exaltada, uma jovem militante da AKP interrompe a colega para pedir que "Tayyip" não se deixe abater pelos protestos. "Quando as circunstâncias pedem", diz a mulher, "um bom chefe deve ter a audácia de cerrar os dentes".