Moscou - A Duma, câmara baixa do Parlamento russo, aprovou nesta terça-feira (18/6), em segunda leitura, um projeto de lei que proíbe que casais homossexuais ou solteiros adotem crianças russas em países que legalizaram as uniões entre pessoas do mesmo sexo. O projeto de lei, que ainda deve ser votado em terceiro turno e depois aprovado pela câmara alta do Parlamento, além de assinado pelo presidente russo, foi aprovado por 443 deputados.
[SAIBAMAIS]Segundo o texto, a adoção de crianças russas passa a ser proibida a "pessoas do mesmo sexo, cuja união foi reconhecida como um casamento e que foi registrada em um Estado onde uma tal união é autorizada, assim como aos cidadãos de tais Estados que não são casados". "A aprovação deste projeto de lei elimina de fato toda a possibilidade de estrangeiros que tenham uma orientação sexual não-tradicional adotar crianças russas", considerou Elena Mizoulina, deputada do partido Rússia Justa e uma das autoras do texto.
Os casais casados e heterossexuais ainda vão poder adotar crianças. "Uma criança precisa de um pai e de uma mãe", declarou o deputado Sergue; Jelezniak, vice-presidente da Duma. O casamento entre pessoas do mesmo sexo é autorizado em 14 países, incluindo no Canadá, Bélgica, Espanha, e recentemente a França. Em dezembro, Moscou proibiu a adoção por americanos, em resposta à "lista Magnitski", uma lei americana punindo responsáveis russos envolvidos na morte em 2009 do advogado Serguei Magnitski na prisão.