Agência France-Presse
postado em 19/06/2013 07:43
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Mundo
Afeganistão suspende negociações sobre acordo de segurança com EUA
A suspensão do acordo foi decidida após uma "reunião excepcional" entre o presidente afegão, seus assessores e a equipe responsável pela segurança nacional
Agência France-Pressepostado em 19/06/2013 07:43Cabul - O governo afegão suspendeu nesta quarta-feira (19/6) as conversações com Washington sobre um acordo bilateral de segurança, em resposta ao anúncio de negociações diretas entre os americanos e os rebeldes talibãs.
Os talibãs abriram na terça-feira um escritório de representação política em Doha e no mesmo dia Washington anunciou que enviaria emissários."Há uma contradição entre o que o governo americano diz e o que faz a respeito das negociações de paz", declarou à AFP Aimal Faizi, porta-voz do presidente Hamid Karzai.
O presidente Karzai "suspendeu nesta terça-feira as conversações com os Estados Unidos sobre o BSA" (acordo bilateral de segurança), disse Faizi. "O presidente está descontente com o nome utilizado para designar o escritório político afegão, chamado de escritório político do Emirado Islâmico do Afeganistão", disse o porta-voz.
[SAIBAMAIS]"Somos contrários a esta denominação de ;emirado islâmico do Afeganistão; pela simples razão de que esta entidade não existe. Os americanos estão a par da posição do presidente Karzai", afirmo Aimal Faizi. "O emirado islâmico do Afeganistão" é o nome que os talibãs davam a seu regime quando estavam no poder em Cabul, entre 1996 e 2001, e desde então chamam assim o movimento.
A suspensão do acordo, que deve definir as modalidades da presença americana no Afeganistão ao fim da missão de combate da Otan, em 2014, foi decidida após uma "reunião excepcional" entre o presidente afegão, seus assessores e a equipe responsável pela segurança nacional.
Nesta quarta-feira, os talibãs afegãos reivindicaram o ataque de terça-feira contra a base de Bagram (norte de Cabul) que matou quatro soldados americanos, apenas uma hora depois do anúncio da retomada do diálogo entre os insurgentes e Washington.Tags
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