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Hong Kong tem autonomia para decidir sobre extradição de Snowden

A ex-colônia britânica, que Londres devolveu a China comunista em 1997 e que tem um estatuto de zona administrativa especial, tem a oportunidade de "demonstrar ao mundo inteiro que é uma sociedade livre"

Agência France-Presse
postado em 19/06/2013 09:57
Pequim - A imprensa chinesa afirma nesta quarta-feira (19/6) que Hong Kong tem autonomia política e judicial suficiente para decidir se extradita aos Estados Unidos o ex-consultor de inteligência Edward Snowden, que se refugiou no território depois de ter revelado a existência de um programa de vigilância na internet. A ex-colônia britânica, que Londres devolveu a China comunista em 1997 e que tem um estatuto de zona administrativa especial, tem a oportunidade de "demonstrar ao mundo inteiro que é uma sociedade livre", afirma o editorial do jornal The Global Times.

Edward Snowden é ex-consultor de inteligência de uma consultoria que prestava serviços para a Agência de Segurança Nacional
[SAIBAMAIS]"As coisas seriam muito mais fáceis se Hong Kong assumisse um papel de líder na solução deste caso, ao invés de deixar-se influenciar a distância por Pequim ou Washington", afirma o jornal, que recomenda às autoridades de Hong Kong que "sigam suas próprias leis e processos ao ouvir sua opinião pública". O texto pode refletir a posição do governo chinês de não interferir no caso. Apesar de Hong Kong ter uma autonomia relativa, permanece sob tutela do poder central de Pequim.



O governo dos Estados Unidos abriu uma investigação contra Edward Snowden, ex-consultor de inteligência de uma consultoria que prestava serviços para a Agência de Segurança Nacional (NSA), depois que ele divulgou documentos secretos sobre um programa americano de espionagem na internet. Hong Kong, onde Snowden está refugiado desde 20 de maio, e Estados Unidos têm um tratado de extradição, mas Pequim tem o direito de impor veto. Até o momento, as autoridades americanas não fizeram uma demanda de extradição.

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