Mundo

Obama pede à Rússia que aceite reduzir um terço das armas nucleares

Obama ainda se comprometeu a realizar duas novas cúpulas sobre segurança nuclear antes de terminar seu segundo mandado, em 2016

Agência France-Presse
postado em 19/06/2013 13:55
Berlim - O presidente Barack Obama pediu nesta quarta-feira (19/6) à Rússia que aceite reduzir em um terço suas armas nucleares, e limitar as armas atômicas estratégicas, em um discurso em Berlim. "São passos que podemos dar para criar um mundo de paz e justiça", afirmou.

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante coletiva de imprensa em Berlim
[SAIBAMAIS]Durante seu primeiro mandato, Obama conseguiu assinar um novo Tratado START (Tratado de Redução de Armas Estratégicas) com Moscou, no qual os dois ex-inimigos concordaram em diminuir seus arsenais a 1.550 ogivas. Da mesma forma, Obama se comprometeu a realizar duas novas cúpulas sobre segurança nuclear antes de terminar seu segundo mandado, em 2016.



Pouco antes, a Rússia afirmou não permitirá que exista um desequilíbrio na dissuasão nuclear, segundo declarou nesta quarta-feira o presidente russo Vladimir Putin. "Não podemos permitir o rompimento do equilíbrio dos sistemas de dissuasão estratégica ou a redução da eficácia de nossas forças nucleares", declarou Putin, segundo a agência Ria Novosti.

"Por isso a criação de um sistema de defesa aérea e espacial continuará sendo uma das prioridades de nossa indústria militar", acrescentou. "É a garantia da estabilidade de nossas forças estratégica de dissuasão, da proteção do território do país", afirmou Putin.

"Nós não estamos em uma situação em que (os serviços de inteligência americanos) fuçam os e-mails de cidadãos alemães comuns, de cidadãos americanos, de cidadãos franceses ou de qualquer outra pessoa", disse, defendendo o combate ao terrorismo e as vidas salvas graças à inteligência.

Merkel, originária da antiga Alemanha Oriental comunista, no entanto, ressaltou a importância de um equilíbrio entre a segurança e o respeito à privacidade.

Sobre o Afeganistão, Obama disse que espera manter o processo de reconciliação, apesar da ameaça feita por Cabul de boicotar as negociações de paz em Doha e da forte resistência do governo afegão em relação à contatos diretos entre Washington e os rebeldes talibãs.

O presidente americano também voltou a defender uma solução política para o conflito na Síria, recusando-se a confirmar quaisquer entregas de armas para os insurgentes sírios, após as acusações de uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad.

A primeira-dama Michelle Obama e as duas filhas do casal presidencial aproveitaram esta viagem para um mergulho na história, depositando rosas entre os blocos de concreto do antigo Muro de Berlim depois de uma visita ao Memorial do Holocausto.

Para a visita de Barack Obama, a capital alemã montou um dispositivo de segurança especial, com 8.000 policiais e o bloqueio completo de certos bairros. Ele deve voltar a Washington hoje à noite com sua família depois de um jantar de gala oferecido por Angela Merkel e seu marido, Joachim Sauer.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação