postado em 19/06/2013 17:36
Rio de Janeiro - Em 2012, a cada quatro segundos uma pessoa teve que fazer um deslocamento forçado no mundo por questões humanitárias, divulgou nesta quarta-feira (19/6) o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), no relatório Tendências Globais 2012. Segundo o órgão, o mundo tem 45,2 milhões nessa situação. A população é a maior desde 1993, ano dos conflitos na Bósnia, em Ruanda e no Burundi.
O grupo de pessoas nessa situação inclue 15,4 milhões de refugiados, 28,8 milhões de pessoas forçadas a se deslocarem dentro de seus próprios países e 937 mil que solicitaram pedido de asilo, além dos apátridas, que nasceram em outro país enquanto a mãe estava refugiada. A apatridia é a "condição de um indivíduo que não é considerado como um nacional por nenhum Estado", explica o Acnur.
De acordo com o Acnur, 48% dos refugiados são mulheres e 46%, menores de 18 anos. Os dados mostram que as famílias são as principais afetadas e estão se deslocando conjuntamente, de acordo com Andrés Ramirez, representante do órgão no Brasil.
No ano de 2012, foram registrados 7,6 milhões de novos deslocamentos forçados, sendo 6,5 milhões internos e 1,1 milhão de refugiados. As principais crises humanitárias que levaram a esse quadro foram as da Síria, República Democrática do Congo, do Mali e do Sudão/Sudão Sul, que seguem sem solução.
Da população total de pessoas deslocadas, 35,8 milhões estão sob responsabilidade do Acnur, e a outra parte, a cargo de demais organismos internacionais.
Segundo o estudo, 55% dos refugiados vêm de cinco países: Afeganistão (2,5 milhões), Somália (1,3 milhão), Iraque (746 mil), Síria (728 mil) e Sudão (569 mil). Entre eles, na Somália, além dos conflitos, o povo ainda enfrenta grave estiagem, segundo Ramirez.
"Na Somália, o conflito e o desrespeito aos direitos humanos se soma a um desastre natural, uma seca muito grande. Vai ser esse o tipo de deslocamento do futuro, e que já está ocorrendo atualmente", disse.
A maior parte dos refugiados migra para países vizinhos, que são subdesenvolvidos em 81% dos casos. Mais de 50% dos refugiados protegidos pelo Acnur estão em países com PIB (Produto Interno Bruto) per capita menor de US$ 5 mil por ano. Paquistão, Irã, Alemanha, Quênia e Síria são os países que mais recebem refugiados.
De acordo com Ramirez, o Brasil tem uma legislação avançada para tratar da questão dos refugiados, mas recebe poucos por não ser vizinho a nações com grandes conflitos. Segundo o Comitê Nacional para Refugiados, 4,3 mil vivem atualmente no Brasil.
"Não é o desempenho do país que faz com que os refugiados o procurem. A grande maioria dos conflitos do mundo fica longe do Brasil. Mesmo os colombianos, preferem ir para o Equador, porque a fronteira com o Brasil é difícil de atravessar por causa da Amazônia", explicou.
O grupo de pessoas nessa situação inclue 15,4 milhões de refugiados, 28,8 milhões de pessoas forçadas a se deslocarem dentro de seus próprios países e 937 mil que solicitaram pedido de asilo, além dos apátridas, que nasceram em outro país enquanto a mãe estava refugiada. A apatridia é a "condição de um indivíduo que não é considerado como um nacional por nenhum Estado", explica o Acnur.
De acordo com o Acnur, 48% dos refugiados são mulheres e 46%, menores de 18 anos. Os dados mostram que as famílias são as principais afetadas e estão se deslocando conjuntamente, de acordo com Andrés Ramirez, representante do órgão no Brasil.
No ano de 2012, foram registrados 7,6 milhões de novos deslocamentos forçados, sendo 6,5 milhões internos e 1,1 milhão de refugiados. As principais crises humanitárias que levaram a esse quadro foram as da Síria, República Democrática do Congo, do Mali e do Sudão/Sudão Sul, que seguem sem solução.
Da população total de pessoas deslocadas, 35,8 milhões estão sob responsabilidade do Acnur, e a outra parte, a cargo de demais organismos internacionais.
Segundo o estudo, 55% dos refugiados vêm de cinco países: Afeganistão (2,5 milhões), Somália (1,3 milhão), Iraque (746 mil), Síria (728 mil) e Sudão (569 mil). Entre eles, na Somália, além dos conflitos, o povo ainda enfrenta grave estiagem, segundo Ramirez.
"Na Somália, o conflito e o desrespeito aos direitos humanos se soma a um desastre natural, uma seca muito grande. Vai ser esse o tipo de deslocamento do futuro, e que já está ocorrendo atualmente", disse.
A maior parte dos refugiados migra para países vizinhos, que são subdesenvolvidos em 81% dos casos. Mais de 50% dos refugiados protegidos pelo Acnur estão em países com PIB (Produto Interno Bruto) per capita menor de US$ 5 mil por ano. Paquistão, Irã, Alemanha, Quênia e Síria são os países que mais recebem refugiados.
De acordo com Ramirez, o Brasil tem uma legislação avançada para tratar da questão dos refugiados, mas recebe poucos por não ser vizinho a nações com grandes conflitos. Segundo o Comitê Nacional para Refugiados, 4,3 mil vivem atualmente no Brasil.
"Não é o desempenho do país que faz com que os refugiados o procurem. A grande maioria dos conflitos do mundo fica longe do Brasil. Mesmo os colombianos, preferem ir para o Equador, porque a fronteira com o Brasil é difícil de atravessar por causa da Amazônia", explicou.