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Para os EUA, exclusão do audiovisual em TLC com a UE constitui "reserva"

O embaixador dos Estados Unidos na União Europeia (UE), William Kennard, disse que não era "oportuno" incluir o tema dos serviços financeiros nesta negociação, já que poderia ser "contra-produtivo"

Agência France-Presse
postado em 20/06/2013 16:57
O embaixador dos Estados Unidos na União Europeia (UE), William Kennard, disse que não era Bruxelas - O embaixador dos Estados Unidos na União Europeia (UE), William Kennard, disse nesta quinta-feira que a exclusão do setor audiovisual das negociações para um acordo de livre comércio transatlântico não era verdadeiramente uma "exclusão", mas sim uma "reserva". Também disse que não era "oportuno" incluir o tema dos serviços financeiros nesta negociação, já que poderia ser "contra-produtivo".

[SAIBAMAIS]No mandato aprovado pelos europeus na sexta-feira, "ninguém disse que não se pode falar do audiovisual", declarou Kennard em um encontro com jornalistas.Em seu compromisso, os 27 preveem que o setor audiovisual poderia ser adicionado mais adiante e que a Comissão deveria, nesse caso, voltar para os Estados membros para entrar em acordo.Portanto "não é totalmente exato dizer que é uma exclusão completa, é mais uma obrigação, uma reserva", segundo o embaixador norte-americano.

O diplomata reconheceu que os dois blocos tinham numerosas divergências sobre temas sensíveis como o audiovisual, mas também a agricultura ou os serviços financeiros. "Para alcançar um acordo completo e ambicioso, não pensamos que devemos chegar com exclusões", disse. "Desejamos que os negociadores tenham a liberdade de por todos os temas sobre a mesa", acrescentou, considerando que buscar soluções a todos as divergências necessitará ter ideias "inovadoras e criativas".

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Sobre os serviços financeiros, Kennard disse que os Estados Unidos e a UE já negociam a respeito. "Esses temas avançarão em paralelo" ao acordo de livre trocas e "espero que esses temas de regulação financeira sejam resolvidos antes", afirmou. "É uma razão para que pensemos que não era oportuno integrar esses temas" no acordo de livre comércio. "Poderia se revelar contra-produtivo incluí-los em uma negociação comercial porque isso poderia torná-la mais lenta e tornar os temas mais pesados, sem necessidade", disse.

Na sexta-feira passada, os ministros de Comércio dos 27 países da União Europeia (UE) entraram em acordo para negociar um tratado de livre comércio (TLC) com os Estados Unidos, depois de responder à demanda francesa de excluir o setor audiovisual.

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