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Julgamento de homem acusado de matar jovem negro nos EUA terá júri feminino

Após nove dias de consultas com centenas de pessoas do condado de Seminole (centro da Flórida), onde o crime foi cometido, a promotoria e a defesa de Zimmerman escolheram um júri de seis mulheres

Agência France-Presse
postado em 20/06/2013 17:30

Miami - Seis mulheres, cinco delas brancas e uma negra, foram selecionadas nesta quinta-feira como júri no julgamento de George Zimmerman, o ex-vigia que matou com um tiro o jovem negro desarmado Trayvon Martin nos Estados Unidos em 2012.

George Zimmerman entra na sala do tribunal, no quinto dia de seleção do júri no julgamento por assassinato de adolescente negro desarmado, em 2012

Após nove dias de consultas com centenas de pessoas do condado de Seminole (centro da Flórida), onde o crime foi cometido, a promotoria e a defesa de Zimmerman escolheram um júri de seis mulheres que decidirá o destino do ex-vigia acusado de homicídio em segundo grau de Martin no dia 26 de fevereiro de 2012.

[SAIBAMAIS]O início do julgamento pode ser na segunda para permitir que os membros do júri selecionado passem o fim de semana com suas famílias antes de serem isolados em um local secreto até que termine o processo, disse à AFP uma fonte na corte de Sanford.

A seleção do júri, realizada no tribunal de Sanford, pequena cidade localizada 400 km ao norte de Miami, representou um dos maiores desafios para defesa e acusação pela dificuldade de encontrar pessoas imparciais diante de um caso que causou comoção nos Estados Unidos no ano passado e que foi amplamente acompanhado pela imprensa.

Na tarde desta quinta os advogados selecionarão quatro jurados que atuarão como substitutos.

Zimmerman, de 29 anos, um ex-vigia voluntário, será julgado pelo homicídio em segundo grau de Martin, de 17 anos, que estava desarmado em um condomínio particular.



Zimmerman, de pai americano e mães peruana, se declarou inocente ao alegar que havia atirado em legítima defesa depois de ter sido agredido por Martin.

A justiça deverá determinar se foi um caso de legítima defesa ou um assassinato e também convencer a opinião pública de quanto peso teve o preconceito racial no crime e na atuação da polícia, que deteve Zimmerman 44 dias depois do incidente, quando a ira aumentava no país.

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