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Governo grego dividido sobre TV estatal

O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, pediu nesta quinta "sentido de responsabilidade" aos dirigentes gregos, no momento em que a coalizão de governo está a beira da ruptura

Agência France-Presse
postado em 21/06/2013 00:50
Atenas - O governo grego enfrentava a ameaça de divisão diante da falta de acordo, nesta quinta-feira, entre os três partidos da coalizão governamental sobre a crise no sistema estatal de televisão, revelou o dirigente do pequeno partido de esquerda Dimar, Fotis Kouvelis.

"Não há acordo. Para nós é um problema de legalidade democrática (...) Estamos contra ações que violem a legalidade", disse Kouvelis ao final de uma reunião entre os três partidos, nove dias após o fechamento unilateral da TV estatal por decisão do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, ignorando a opinião de seus aliados.

[SAIBAMAIS]O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, pediu nesta quinta "sentido de responsabilidade" aos dirigentes gregos, no momento em que a coalizão de governo está a beira da ruptura.

"Apelo ao sentido de responsabilidade dos dirigentes políticos gregos para o bem da Grécia e da Europa", disse Rehn ao final de uma reunião de ministros da Fazenda da zona do euro em Luxemburgo.

Samaras afirmou na noite desta quinta-feira que o governo grego "continuará" com ou sem o Dimar na coalizão, afastando a perspectiva de novas eleições.

"Esperamos o apoio do Dimar, mas vamos com ou sem ele", disse o premier, que dispõe de uma frágil maioria no Parlamento, de 153 cadeiras.

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"Ninguém quer eleições agora. Hoje marcamos o primeiro ano de governo e cumpriremos nosso mandato de quatro anos", disse Samaras, que também dirige o partido Nova Democracia (direita) e rejeita o pedido do Dimar para reabrir a TV estatal.

Samaras justificou sua decisão unilateral de fechar a ERT, na semana passada, por razões econômicas: reduzir o número de funcionários públicos e cumprir com os objetivos fixados pelos credores do país, tendo em conta que o canal estatal era símbolo do clientelismo e da mã gestão.

"As reformas não avançarão se repetirmos os erros do passado".

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