Mundo

Atentado mata 15 pessoas em mesquita xiita do Paquistão

Os xiitas constituem 20% da população do Paquistão, país majoritariamente sunita de 180 milhões de habitantes

Agência France-Presse
postado em 21/06/2013 14:29
Peshamar - Um atentado matou pelo menos 15 pessoas e deixou mais de 25 feridos em uma mesquita xiita e uma escola religiosa na região de Peshawar, noroeste do Paquistão, anunciaram as autoridades que revisaram o número de mortos para mais. "Foi um atentado suicida", afirmou o chefe de polícia Shafi Ullah no local do ataque. "O homem-bomba, que estava a pé, primeiro abriu fogo contra os policiais que protegiam o exterior da mesquita, depois entrou na sala de oração e detonou os explosivos em meio aos fiéis pouco antes do início das orações", completou.

O ataque teve como alvos uma mesquita da minoria xiita e a madrassa (escola religiosa) adjacente em Gulshan Colony, um bairro xiita das imediações de Peshawar, cidade vizinha ao Afeganistão e das zonas tribais semi-autônomas consideradas santuários dos talibãs. O registro anterior do hospital público Lady Reading de Peshawar era de sete mortos e 26 feridos. O atentado não foi reivindicado até o momento.



Os xiitas constituem 20% da população do Paquistão, país majoritariamente sunita de 180 milhões de habitantes, mas são alvos frequentes de atentados por grupos extremistas que os acusam de corromper o islã e de serem agentes do Irã, maior potência xiita do mundo.

Na semana passada, um duplo atendado matou 25 pessoas em Quetta, no sudoeste do país. Ele foi reivindicado pelo Lashkar-e-Jhangvi (LeJ), um grupo extremista sunita ligado aos rebeldes talibãs e aliado à Al-Qaeda, que cometeu vários atentados contra a minoria xiita.

Nesta sexta-feira, em Karachi, metrópole do sul que frequentemente registra episódios de violência política, homens armados mataram um deputado provincial do MQM, partido que governa a cidade, indicou a polícia local.

O ataque foi reivindicado pelos rebeldes do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), em guerra contra as autoridades e que é considerado o principal autor de centenas de atentados que mataram mais de 6.000 pessoas em seis anos em todo o país.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação