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Manifestantes voltam a se reunir na Turquia pela renúncia de ministro

A polícia turca usou canhões d'água para dispersar os manifestantes, após vários dias de calma que se seguiram às três semanas de protestos sem precedentes

Agência France-Presse
postado em 22/06/2013 15:03
O protesto se espalhou por todo o país voltado, principalmente, contra Erdogan, que é acusado de autoritarismo e de querer islamizar a sociedade turca
Istambul
- Milhares de manifestantes voltaram a se reunir na praça Taksim neste sábado (22/6) em Istambul para lembrar a operação da polícia há uma semana no parque Gezi, símbolo do movimento de contestação contra o governo.

Os manifestantes voltaram a pedir a renúncia do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, antes de jogarem cravos vermelhos na escadaria que leva ao parque, em homenagem às vítimas mortas, feridas e detidas na repressão policial.

A polícia turca usou canhões d;água para dispersar os manifestantes, após vários dias de calma que se seguiram às três semanas de protestos sem precedentes.

Ao menos quatro pessoas morreram e mais de 7.800 ficaram feridas, segundo a União de Médicos da Turquia desde o início do movimento. Milhares de pessoas foram presas.



Cerca de cinquenta suspeitos, ligados segundo as autoridades a uma organização de extrema-esquerda clandestina, foram acusados de pertencerem a uma organização terrorista e foram colocados sob prisão preventiva.

O movimento de contestação nasceu em 31 de maio no parque Gezi, quando a polícia reprimiu violentamente centenas de ecologistas que se opunham ao corte das árvores do parque.

O protesto se espalhou por todo o país voltado, principalmente, contra Erdogan, que é acusado de autoritarismo e de querer islamizar a sociedade turca.

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