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Angelina Jolie critica Conselho de Segurança por não combater estupros

A atriz disse que o Conselho da ONU deve "mostrar determinação" para defender as milhares de vítimas de agressões sexuais durante as guerras

postado em 24/06/2013 13:20
Nova York - A estrela de Hollywood Angelina Jolie criticou nesta segunda-feira (24/6) o Conselho de Segurança da ONU por sua falta de ação contra os estupros ocorridos em tempos de guerra, evocando, entre outras coisas, os conflitos na Síria e República Democrática do Congo, em um discurso surpresa ante os 15 membros do organismo.

Atriz Angelina Jolie durante uma conferência de imprensa com o chanceler  da Noruega e o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados no Zaatri

Jolie disse que o Conselho da ONU deve "mostrar determinação" para defender as milhares de vítimas de agressões sexuais durante as guerras. "O mundo ainda tem de assumir os estupros em zonas de guera como uma prioridade", afirmou. "O estupro é uma arma de guerra, uma ameaça à segurança. Lutar contra a violência sexual é uma responsabilidade de vocês", declarou ainda.

[SAIBAMAIS]A atriz foi ao Conselho depois de visitar campos de refugiados de sírios na Jordânia, onde relatou ter conversado com uma mulher que foi estuprada na Síria e que tem medo de ser morta se denunciar o crime. Jolie também contou que em outra viagem à República Democrática do Congo, havia conversado com a mãe de uma menina de cinco anos, cuja filha tinha sido estuprada em frente a uma delegacia.

"As duas foram vítimas de uma cultura da impunidade. Essa é a triste, preocupante e vergonhosa realidade", declarou. "Entendo que haja muitas coisas difíceis a serem discutidas no Conselho de Segurança, mas a violência sexual em conflitos deveria ser uma delas", acrescentou. O Conselho adotou uma resolução que condena o uso da violência sexual em conflitos. E o chefe da diplomacia britânica, William Hague, disse que organizará uma nova reunião sobre o tema na Assembleia Geral da ONU, que será realizada em setembro.

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