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Ataque de talibãs em Cabul termina com morte de guardas e criminosos

Quatro criminosos, que estavam disfarçados de soldados da Otan, morreram na explosão de um carro-bomba ou atingidas pelos tiros das forças de segurança

Agência France-Presse
postado em 25/06/2013 09:32
Cabul - O ataque executado durante a manhã de terça-feira (25/6) em Cabul por rebeldes talibãs afegãos contra um escritório da CIA e o palácio presidencial terminou com a morte de três guardas e de todos os criminosos morreram, anunciou a polícia. Três guardas afegãos morreram e um ficou ferido no ataque, anunciou o porta-voz do governo, Rafi Ferdus.

Forças de segurança afegãs chegam ao local de ataque insurgente em Cabul
Os quatro homens estavam em um posto de vigilância perto do hotel Ariana, onde fica o escritório da agência de inteligência americana. Quatro criminosos, que estavam disfarçados de soldados da Otan, morreram na explosão de um carro-bomba ou atingidas pelos tiros das forças de segurança, segundo o chefe de polícia de Cabul, Mohammad Ayub Salangi.

Os insurgentes estavam em um veículo repleto de explosivos, que circulou nas proximidades do palácio presidencial e do escritório da CIA, de acordo com Salangi. "Estavam em um Land Cruiser, tinham credenciais falsas", disse o chefe de polícia. Os insurgentes foram barrados em um posto de controle. Um criminoso desceu do veículo e abriu fogo, antes do carro explodir, relatou Salangi.



[SAIBAMAIS]A segurança do palácio presidencial não foi comprometida, segundo o governo. O presidente Hamid Karzai tinha uma entrevista coletiva programada no local. O ataque foi reivindicado pelos talibãs. "Um grupo importante de combatentes atacou o escritório da CIA, o palácio e o ministério da Defesa", anunciou o porta-voz dos insurgentes, Zabihullah Mujahid.

Às 6h30 foram ouvidas explosões e a embaixada dos Estados Unidos divulgou mensagens de alerta. O ataque aconteceu um dia depois de um encontro em Cabul entre Karzai e o enviado especial americano para o Afeganistão e o Paquistão, Jammes Dobbins. O diplomata americano afirmou ter ficado "escandalizado" com a forma como os talibãs abriram um escritório no Qatar, primeiro passo para um acordo de paz no Afeganistão.

Na inauguração do escritório, os talibãs fizeram referência ao emirado islâmico do Afeganistão, como se chamava o governo afegão quando os talibãs foram expulsos do poder pela invasão americana de 2001. A declaração provocou a revolta de Hamid Karzai.

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