Agência France-Presse
postado em 25/06/2013 16:15
BRUXELAS - Os dirigentes europeus buscam, a partir de quinta-feira, lutar contra o desemprego dos jovens, um flagelo que se estende por todo o continente e afeta, principalmente, países como Espanha ou Grécia. "A luta imediata contra o desemprego, sobretudo, entre os jovens, é chave", disse o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. Mais de 26 milhões de pessoas estão sem trabalho na Europa, entre elas 5,6 milhões de jovens menores de 25 anos (100 mil a mais que há um ano).
A situação é tão grave que o presidente norte-americano, Barack Obama, alertou sobre a ameaça de uma "geração perdida". "Deve-se fazer todo o possível para que os jovens que não estejam estudando ou trabalhando encontrem um trabalho ou uma formação nos próximos quatro meses", disse o rascunho do próximo Conselho Europeu, que reunirá os 27 chefes de estado e de governo da UE. O desemprego entre os jovens se transformou na face mais dramática da prolongada crise europeia, que afundou vários países na recessão.
Segundo dados divulgados em abril, os países mais afetados pelo desemprego juvenil eram Grécia (62,5%), Espanha (56,4%), Portugal (42,5%), Itália (40,5%) e França (26,5%). Em troca, o nível de desemprego mais baixo entre os jovens foi registrado na Alemanha (7,5%), Áustria (8%) e Holanda (10,6%).
Em meados de junho, os ministros do Trabalho e Economia da Itália, França, Espanha e Alemanha, entraram em acordo para utilizar, a partir de 2013, uma parte dos 6 bilhões de euros destinados pela UE à luta contra o desemprego dos jovens entre 2014 e 2020. Isso significa investir 142 euros por pessoa para menores de 25 anos.
A medida deverá ser aprovada agora pelos 27 dirigentes da UE e, embora seja um passo modesto economicamente, tem um forte significado político. "Simplesmente, há 6 bilhões de euros que serão desbloqueados a partir de 2014 contra o desemprego dos jovens. Seis bilhões em 5-6 anos é muito pouco", explicou o ministro francês de Trabalho, Michel Sapin. A Espanha espera receber entre 1,5 e 2 bilhões.
Os europeus buscam, além disso, ampliar a chamada garantia juvenil. Financiada graças a um fundo social europeu, a medida busca que qualquer jovem de menos de 25 anos receba uma oferta de emprego "de qualidade", ou uma formação ou estágios obrigatórios quatro meses após ter concluído seus estudos.,
Durante a cúpula, os europeus debaterão medidas para apoiar as Pequenas e Médias Empresas, através do Banco Europeu de Investimentos (BEI) que mobilizaria entre 55 e 100 bilhões de euros entre 2014 e 2020.
A falta de trabalho em países como a Espanha expulsa os jovens do país, sobretudo, a países como Alemanha, com o consequente impacto na demografia do país, contribuindo para o envelhecimento da população. Há casos dramáticos, como as regiões das Canárias e Ceuta, onde a taxa de desemprego deste grupo já supera 70%. A CE pediu aos oito países com mais desemprego entre os jovens que deixem prontos até o outono (no hemisfério norte) seus planos nacionais de emprego que serão elaborados em colaboração com o Executivo comunitário.
Durante a cúpula, a última antes do verão (no hemisfério norte), os europeus querem avançar na união monetária, para romper a conexão entre a dívida bancária e dívida soberana, um dos pilares para sair rapidamente da crise. Contudo, vários analistas e dirigentes alertam que as medidas de austeridade e reformas estruturais que Bruxelas impõe, há mais de três anos, não ajudam nem a reativar o crescimento nem a gerar emprego e estão minando o apoio ao projeto europeu, como demonstra o crescimento dos partidos nacionalistas ou eurocéticos em vários Estados membros.
A situação é tão grave que o presidente norte-americano, Barack Obama, alertou sobre a ameaça de uma "geração perdida". "Deve-se fazer todo o possível para que os jovens que não estejam estudando ou trabalhando encontrem um trabalho ou uma formação nos próximos quatro meses", disse o rascunho do próximo Conselho Europeu, que reunirá os 27 chefes de estado e de governo da UE. O desemprego entre os jovens se transformou na face mais dramática da prolongada crise europeia, que afundou vários países na recessão.
Segundo dados divulgados em abril, os países mais afetados pelo desemprego juvenil eram Grécia (62,5%), Espanha (56,4%), Portugal (42,5%), Itália (40,5%) e França (26,5%). Em troca, o nível de desemprego mais baixo entre os jovens foi registrado na Alemanha (7,5%), Áustria (8%) e Holanda (10,6%).
Em meados de junho, os ministros do Trabalho e Economia da Itália, França, Espanha e Alemanha, entraram em acordo para utilizar, a partir de 2013, uma parte dos 6 bilhões de euros destinados pela UE à luta contra o desemprego dos jovens entre 2014 e 2020. Isso significa investir 142 euros por pessoa para menores de 25 anos.
A medida deverá ser aprovada agora pelos 27 dirigentes da UE e, embora seja um passo modesto economicamente, tem um forte significado político. "Simplesmente, há 6 bilhões de euros que serão desbloqueados a partir de 2014 contra o desemprego dos jovens. Seis bilhões em 5-6 anos é muito pouco", explicou o ministro francês de Trabalho, Michel Sapin. A Espanha espera receber entre 1,5 e 2 bilhões.
Os europeus buscam, além disso, ampliar a chamada garantia juvenil. Financiada graças a um fundo social europeu, a medida busca que qualquer jovem de menos de 25 anos receba uma oferta de emprego "de qualidade", ou uma formação ou estágios obrigatórios quatro meses após ter concluído seus estudos.,
Durante a cúpula, os europeus debaterão medidas para apoiar as Pequenas e Médias Empresas, através do Banco Europeu de Investimentos (BEI) que mobilizaria entre 55 e 100 bilhões de euros entre 2014 e 2020.
A falta de trabalho em países como a Espanha expulsa os jovens do país, sobretudo, a países como Alemanha, com o consequente impacto na demografia do país, contribuindo para o envelhecimento da população. Há casos dramáticos, como as regiões das Canárias e Ceuta, onde a taxa de desemprego deste grupo já supera 70%. A CE pediu aos oito países com mais desemprego entre os jovens que deixem prontos até o outono (no hemisfério norte) seus planos nacionais de emprego que serão elaborados em colaboração com o Executivo comunitário.
Durante a cúpula, a última antes do verão (no hemisfério norte), os europeus querem avançar na união monetária, para romper a conexão entre a dívida bancária e dívida soberana, um dos pilares para sair rapidamente da crise. Contudo, vários analistas e dirigentes alertam que as medidas de austeridade e reformas estruturais que Bruxelas impõe, há mais de três anos, não ajudam nem a reativar o crescimento nem a gerar emprego e estão minando o apoio ao projeto europeu, como demonstra o crescimento dos partidos nacionalistas ou eurocéticos em vários Estados membros.