Agência France-Presse
postado em 26/06/2013 16:05
PARIS - O venezuelano Ilich Ramirez Sanchez, mais conhecido como ;Carlos, o Chacal;, figura do terrorismo internacional nos anos 70 e 80, foi condenado nesta quarta-feira (26/6) à prisão perpétua por quatro atentados cometidos na França há trinta anos.
Ele recebeu a pena máxima para esse tipo de acusação, idêntica à que há havia sido pronunciada em primeira instância, em dezembro de 2011. A alemã Christa Frolich, que não estava presente e foi julgada por um desses atentados, foi absolvida, como em 2011.
A advogada Isabelle Coutant-Peyre anunciou que deve recorrer da sentença e denunciou uma condenação pronunciada "sem uma única prova".
Carlos está preso na França desde que foi detido no Sudão pela polícia francesa, em agosto de 1994. Ele já cumpre uma pena de prisão perpétua, à qual foi condenado em 1997 pelo assassinato de três homens em Paris em 1975.
Desta vez, ele foi julgado por ter organizado quatro atentados na França que deixaram 11 mortos e cerca de 150 feridos em Paris, em dois trens Paris-Toulouse e Marselha-Paris, assim como em uma estação ferroviária de Marselha.
"Cabe a vocês decidir se aprovam o trabalho dos agentes da embaixada americana", disse Carlos aos juízes.
Antiamericanismo, anti-imperialismo, anti-sionismo: em seu discurso, sucederam-se todos seus temas favoritos para desacreditar um processo "irregular", cujas provas foram "falsificadas" por "manipuladores a serviço de potências estrangeiras".
Ele recebeu a pena máxima para esse tipo de acusação, idêntica à que há havia sido pronunciada em primeira instância, em dezembro de 2011. A alemã Christa Frolich, que não estava presente e foi julgada por um desses atentados, foi absolvida, como em 2011.
A advogada Isabelle Coutant-Peyre anunciou que deve recorrer da sentença e denunciou uma condenação pronunciada "sem uma única prova".
Carlos está preso na França desde que foi detido no Sudão pela polícia francesa, em agosto de 1994. Ele já cumpre uma pena de prisão perpétua, à qual foi condenado em 1997 pelo assassinato de três homens em Paris em 1975.
Desta vez, ele foi julgado por ter organizado quatro atentados na França que deixaram 11 mortos e cerca de 150 feridos em Paris, em dois trens Paris-Toulouse e Marselha-Paris, assim como em uma estação ferroviária de Marselha.
"Cabe a vocês decidir se aprovam o trabalho dos agentes da embaixada americana", disse Carlos aos juízes.
Antiamericanismo, anti-imperialismo, anti-sionismo: em seu discurso, sucederam-se todos seus temas favoritos para desacreditar um processo "irregular", cujas provas foram "falsificadas" por "manipuladores a serviço de potências estrangeiras".
"Não somos terroristas, somos combatentes", afirmou.
Na segunda-feira, a promotoria voltou a pedir prisão perpétua para Ramírez, classificado como um homem "extremamente perigoso", mesmo aos 63 anos.
Para a acusação, Carlos, partidário da luta armada após abraçar a causa palestina na década de 1970, passou para a "guerra particular" e para a "extorsão", assumindo a condição de "mercenário".
Segundo os promotores, essa guerra particular foi levada adiante com quatro atentados cometidos na França em 1982 e em 1983, com o objetivo declarado de obter a libertação de sua companheira alemã Magdalena Kopp e do suíço Bruno Breguet, detidos em Paris em fevereiro de 1982 em posse de armas e explosivos.
Carlos, que no tribunal reivindicou "1.500 mortes, 80 delas com suas próprias mãos", negou, em contrapartida, qualquer envolvimento nesses quatro atentados.
A coluna vertebral da acusação são os arquivos dos serviços secretos dos antigos países do bloco do Leste Europeu, nos quais Carlos tinha suas bases nos anos 1980. A defesa alega que esses arquivos não constituem uma prova, pois seriam "montagens" e "cópias de cópias".
A advogada Isabelle Coutant-Peyre, com quem Carlos se casou no religioso, e o advogado Francis Vuillemin, que defende o venezuelano há 15 anos, participaram dos três últimos dias de audiências.
Uma instrução ainda em curso pode levá-lo de volta aos tribunais pela acusação de ter sido o organizador de outro atentado: o cometido contra a Drugstore Saint-Germain, de Paris, em setembro de 1974, que deixou dois mortos e 34 feridos.
Na segunda-feira, a promotoria voltou a pedir prisão perpétua para Ramírez, classificado como um homem "extremamente perigoso", mesmo aos 63 anos.
Para a acusação, Carlos, partidário da luta armada após abraçar a causa palestina na década de 1970, passou para a "guerra particular" e para a "extorsão", assumindo a condição de "mercenário".
Segundo os promotores, essa guerra particular foi levada adiante com quatro atentados cometidos na França em 1982 e em 1983, com o objetivo declarado de obter a libertação de sua companheira alemã Magdalena Kopp e do suíço Bruno Breguet, detidos em Paris em fevereiro de 1982 em posse de armas e explosivos.
Carlos, que no tribunal reivindicou "1.500 mortes, 80 delas com suas próprias mãos", negou, em contrapartida, qualquer envolvimento nesses quatro atentados.
A coluna vertebral da acusação são os arquivos dos serviços secretos dos antigos países do bloco do Leste Europeu, nos quais Carlos tinha suas bases nos anos 1980. A defesa alega que esses arquivos não constituem uma prova, pois seriam "montagens" e "cópias de cópias".
A advogada Isabelle Coutant-Peyre, com quem Carlos se casou no religioso, e o advogado Francis Vuillemin, que defende o venezuelano há 15 anos, participaram dos três últimos dias de audiências.
Uma instrução ainda em curso pode levá-lo de volta aos tribunais pela acusação de ter sido o organizador de outro atentado: o cometido contra a Drugstore Saint-Germain, de Paris, em setembro de 1974, que deixou dois mortos e 34 feridos.