Agência France-Presse
postado em 26/06/2013 16:28
JERUSALÉM - A administração israelense de Jerusalém autorizou nesta quarta-feira (26/6) a construção de 69 novas habitações na colônia de Har Homa, em Jerusalém Oriental ocupada e anexada, na véspera de uma visita do secretário de Estado americano, John Kerry.
"A comissão das autorizações da Municipalidade de Jerusalém aprovou a construção de 69 habitações em Har Homa e designou a companhia que ficará encarregada das obras", declarou à AFP Meir Margalit, conselheiro do Meretz, um partido de oposição de esquerda.
"Trata-se de uma provocação ao secretário de Estado americano John Kerry, que deve iniciar em breve uma nova viagem pela região", acrescentou Margalit.
Esta decisão pode gerar polêmica, um dia antes da chegada de Kerry a Jerusalém para uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Apesar disso, Kerry se disse confiante na disposição dos líderes palestinos e israelenses em alcançar a paz, mas reconheceu dificuldades.
"Não estaria aqui, se não acreditasse que é possível", declarou o secretário de Estado no Kuwait, na última etapa de seu giro árabe para coordenar a ajuda aos rebeldes sírios.
"Mas é difícil. Sabemos o quanto é difícil", reconheceu.
Kerry será recebido na quinta-feira pelo rei Abdullah II, antes de se reunir com Netanyahu em Jerusalém, e, posteriormente, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, em Amã.
A "Paz Agora", uma organização não-governamental israelense que se opõe à colonização, ressaltou que o governo não "publicou nenhuma licitação para as colônias da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental desde o início do ano".
Uma fonte diplomática israelense minimizou a importância deste projeto, ressaltando que ele foi lançado em um terreno privado. "Não se trata de um projeto governamental e não há licitações", assegurou.
Os palestinos afirmaram que esta iniciativa demonstra a falta de compromisso com a paz por parte do Estado hebreu.
"Israel envia, desta forma, uma mensagem a Kerry de que a colonização é sua resposta a toda iniciativa (de paz)", declarou à AFP uma autoridade palestina, Hanan Ashraui.
"E ainda assim, acusam os palestinos de não irem à mesa de negociações", acrescentou.
O negociador palestino Yasser Abed Rabbo disse, por sua vez, "não acreditar que Kerry conseguirá", considerando que "alguns membros do governo israelense se declaram abertamente hostis a uma solução de dois Estados e outros, como Netanyahu, não afirmam abertamente, mas trabalham contra".
Para reiniciar as negociações de paz, a direção palestina exige o congelamento total da colonização israelense e uma referência às linhas de demarcação anteriores à ocupação israelense dos territórios palestinos, em junho de 1967, como base para as discussões.
Já Netanyahu deseja negociações imediatas "sem condições prévias".
As últimas negociações diretas entre as duas partes foram realizadas em setembro de 2010.
"A comissão das autorizações da Municipalidade de Jerusalém aprovou a construção de 69 habitações em Har Homa e designou a companhia que ficará encarregada das obras", declarou à AFP Meir Margalit, conselheiro do Meretz, um partido de oposição de esquerda.
"Trata-se de uma provocação ao secretário de Estado americano John Kerry, que deve iniciar em breve uma nova viagem pela região", acrescentou Margalit.
Esta decisão pode gerar polêmica, um dia antes da chegada de Kerry a Jerusalém para uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Apesar disso, Kerry se disse confiante na disposição dos líderes palestinos e israelenses em alcançar a paz, mas reconheceu dificuldades.
"Não estaria aqui, se não acreditasse que é possível", declarou o secretário de Estado no Kuwait, na última etapa de seu giro árabe para coordenar a ajuda aos rebeldes sírios.
"Mas é difícil. Sabemos o quanto é difícil", reconheceu.
Kerry será recebido na quinta-feira pelo rei Abdullah II, antes de se reunir com Netanyahu em Jerusalém, e, posteriormente, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, em Amã.
A "Paz Agora", uma organização não-governamental israelense que se opõe à colonização, ressaltou que o governo não "publicou nenhuma licitação para as colônias da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental desde o início do ano".
Uma fonte diplomática israelense minimizou a importância deste projeto, ressaltando que ele foi lançado em um terreno privado. "Não se trata de um projeto governamental e não há licitações", assegurou.
Os palestinos afirmaram que esta iniciativa demonstra a falta de compromisso com a paz por parte do Estado hebreu.
"Israel envia, desta forma, uma mensagem a Kerry de que a colonização é sua resposta a toda iniciativa (de paz)", declarou à AFP uma autoridade palestina, Hanan Ashraui.
"E ainda assim, acusam os palestinos de não irem à mesa de negociações", acrescentou.
O negociador palestino Yasser Abed Rabbo disse, por sua vez, "não acreditar que Kerry conseguirá", considerando que "alguns membros do governo israelense se declaram abertamente hostis a uma solução de dois Estados e outros, como Netanyahu, não afirmam abertamente, mas trabalham contra".
Para reiniciar as negociações de paz, a direção palestina exige o congelamento total da colonização israelense e uma referência às linhas de demarcação anteriores à ocupação israelense dos territórios palestinos, em junho de 1967, como base para as discussões.
Já Netanyahu deseja negociações imediatas "sem condições prévias".
As últimas negociações diretas entre as duas partes foram realizadas em setembro de 2010.