Agência France-Presse
postado em 27/06/2013 14:56
PARIS - Um primeiro julgamento relacionado com o genocídio de Ruanda acontecerá no início de 2014 na França, onde o ex-capitão Pascal Simbikangwa, de 53 anos, será julgado em 4 de fevereiro por um tribunal penal de Paris, informou nesta quinta-feira uma fonte judicial.
Simbikangwa é acusado de "cumplicidade em genocídio" e de "cumplicidade em crimes contra a Humanidade". A Bélgica já julgou e condenou vários responsáveis pelo genocídio de Ruanda, que deixou 800 mil mortos em três meses, de abril a junho de 1994, segundo a ONU, principalmente entre a população tutsi, mas também entre os hutus moderados.
Este processo será realizado sob o princípio da jurisdição universal, que permite que tribunais franceses investiguem crimes internacionais, se o autor estiver na França.
Pascal Simbikangwa, paraplégico desde que sofreu um acidente de trânsito em 1986, foi detido em um caso de documentos falsos e identificado como procurado pela Interpol.
Ele é acusado de ter distribuído armas a milicianos extremistas hutus e de ter se valido de sua influência e autoridade para encorajá-los a cometer massacres.
O seu envolvimento direto no genocídio, principalmente no massacre de mais de 1.600 pessoas na colina de Kesho, em Gisenyi (norte), não pode ser provado pelos juízes.
Simbikangwa era ligado ao clã do presidente Juvénal Habyarimana, cujo assassinato, em abril de 1994 em circunstâncias ainda não esclarecidas, provocou o genocídio.
Simbikangwa é acusado de "cumplicidade em genocídio" e de "cumplicidade em crimes contra a Humanidade". A Bélgica já julgou e condenou vários responsáveis pelo genocídio de Ruanda, que deixou 800 mil mortos em três meses, de abril a junho de 1994, segundo a ONU, principalmente entre a população tutsi, mas também entre os hutus moderados.
Este processo será realizado sob o princípio da jurisdição universal, que permite que tribunais franceses investiguem crimes internacionais, se o autor estiver na França.
Pascal Simbikangwa, paraplégico desde que sofreu um acidente de trânsito em 1986, foi detido em um caso de documentos falsos e identificado como procurado pela Interpol.
Ele é acusado de ter distribuído armas a milicianos extremistas hutus e de ter se valido de sua influência e autoridade para encorajá-los a cometer massacres.
O seu envolvimento direto no genocídio, principalmente no massacre de mais de 1.600 pessoas na colina de Kesho, em Gisenyi (norte), não pode ser provado pelos juízes.
Simbikangwa era ligado ao clã do presidente Juvénal Habyarimana, cujo assassinato, em abril de 1994 em circunstâncias ainda não esclarecidas, provocou o genocídio.