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Presidente eleito defende direito de Paraguai assumir liderança do Mercosul

Durante visita à Espanha, Cartes reiterou as queixas sobre a suspensão do Paraguai do bloco regional em decorrência de decisão unânime dos presidentes do grupo

postado em 28/06/2013 08:12
A dois meses de sua posse, o presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, defendeu o direito de os paraguaios assumirem a presidência pro tempore (temporária) do Mercosul, e não a Venezuela. Durante visita à Espanha, Cartes reiterou as queixas sobre a suspensão do Paraguai do bloco regional, que completou um ano este mês, em decorrência de decisão unânime dos presidentes do grupo.

Horacio Cartes, discursa depois de vencer as eleições presidenciais no Paraguai eFP

Em junho de 2012, os líderes regionais consideraram que houve o rompimento da ordem democrática no país durante o processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo. Porém, nos últimos meses, autoridades sul-americanas indicaram que com a posse de Cartes, o Paraguai será automaticamente reintegrado ao Mercosul. Cartes defendeu o direito de assumir a presidência temporária do bloco por ser um dos seus fundadores. ;É o que corresponde como membro fundador [do bloco];, ressaltou o presidente eleito. Ele acrescentou que se a Venezuela assumir o comando do Mercosul, como está programado para julho, será impossível o retorno do Paraguai ao bloco por uma ;questão de dignidade;.



[SAIBAMAIS];O Paraguai não tem problemas com a Venezuela, mas mostra vontade política e tem um limite, que é o Estado de Direito , e se a presidência [do Mercosul] for ocupada pela Venezuela, não será possível a reincorporação por uma questão de ;dignidade;;, disse Cartes. No momento em que o Paraguai reivindica o direito de assumir o comando do Mercosul, negocia para ser membro pleno da Aliança do Pacífico (grupo formado pelo Chile, a Colômbia, o Peru e México). Nas discussões que antecederam a adesão da Venezuela, no ano passado, ao Mercosul, o Paraguai criticou as negociações. Segundo as autoridades do país, a Venezuela não poderia ser aceita no bloco devido à ausência do aval do Paraguai ; suspenso do grupo desde 2012.

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