Agência France-Presse
postado em 28/06/2013 18:49
NOVA YORK - A News Corp., o império do magnata da mídia, Rupert Murdoch, norte-americano de origem australiana, vive suas últimas horas como um conglomerado, já que nesta sexta-feira (28/6) será dividido em uma empresa audiovisual e uma empresa editorial.
A News Corp., um dos maiores grupos de comunicação do mundo, com quase 34 bilhões de dólares de faturamento anual e presença em vários continentes na imprensa, televisão e cinema, apareceu como uma única entidade pela última vez nesta sexta-feira (28/6) na Bolsa de Valores de Nova York.
A divisão será consumada depois do fechamento da bolsa: seus acionistas receberão uma ação da nova companhia de imprensa e edição, que conservará o nome da News Corp., por cada quatro títulos detidos atualmente.
A nova News Corp. e a empresa que conserva os ativos audiovisuais, rebatizada como 21st Century Fox, realizarão sua primeira incursão independente no mercado na próxima segunda-feira.
Murdoch sustentou que a multinacional, construída a partir de dois jornais australianos que herdou há 60 anos, se tornou muito grande e complexa para que os investidores considerassem devidamente seu valor.
A divisão "liberará o verdadeiro potencial de nossa carteira sem equivalente de ativos, de marcas ou de filiais", disse Murdoch em uma assembleia de acionistas em meados de junho.
A ação da News Corp. já vale quase 50% a mais hoje do que quando a divisão foi anunciada há um ano, segundo os analistas, já que o mercado considerou os lucros que a operação supõe.
Preservar outras marcas do escândalo
Esta divisão também é resultado, pelo menos em parte, do escândalo das escutas ilegais que atingiu os tabloides britânicos do grupo, o jornal popular News of the World, que acabou fechando, e o "The Sun", que continua sendo o de maior impressão da imprensa britânica.
"O grupo não queria que o escândalo prejudicasse suas outras marcas como a Fox", a rede de televisão norte-americana, disse a empresa de pesquisas Trefis em um relatório recente.
Após a polêmica pelas escutas ilegais, a News Corp. retirou sua oferta para comprar 61% da rede britânica de televisão BSkyB. A separação, deixando que os riscos relacionados à investigação ainda em curso sobre as escutas recaia na empresa editorial, "pode abrir o caminho para uma nova oferta de compra de BSkyB por parte da 21st Century Fox", destacou Trefis.
Além da Fox e BSkyB, a nova empresa supervisionará a divulgação dos pacotes por satélite, incluindo Sky Italia e Sky Deutschland, assim como a produção dos estúdios 20th Century Fox. Estas atividades têm um peso de cerca de 23,5 bilhões de dólares no volume de operações anuais e são mais rentáveis que as editoriais.
A nova News Corp. não registrará mais de 9 bilhões de dólares no volume de vendas, se associará à editora Harper Collins, a uma série de jornais, tabloides e jornais de prestígio, como The Wall Street Journal ou o The Times de Londres, e a agência de notícias Dow Jones Newswires.
"A separação é um passo positivo para ambas as unidades, mas será interessante ver como a parte editorial possa reviver em um momento em que a transição à Internet reduziu as receitas de publicidade e as vendas" de jornais, disse Trefis.
Apesar do escândalo das escutas, com um julgamento em setembro, no Reino Unido, e potenciais demandas de indenização em cascata, a empresa terá a vantagem de estar pronta para aquisições desde o começo sem dívidas e 2,6 bilhões de dólares em reservas.
A News Corp., um dos maiores grupos de comunicação do mundo, com quase 34 bilhões de dólares de faturamento anual e presença em vários continentes na imprensa, televisão e cinema, apareceu como uma única entidade pela última vez nesta sexta-feira (28/6) na Bolsa de Valores de Nova York.
A divisão será consumada depois do fechamento da bolsa: seus acionistas receberão uma ação da nova companhia de imprensa e edição, que conservará o nome da News Corp., por cada quatro títulos detidos atualmente.
A nova News Corp. e a empresa que conserva os ativos audiovisuais, rebatizada como 21st Century Fox, realizarão sua primeira incursão independente no mercado na próxima segunda-feira.
Murdoch sustentou que a multinacional, construída a partir de dois jornais australianos que herdou há 60 anos, se tornou muito grande e complexa para que os investidores considerassem devidamente seu valor.
A divisão "liberará o verdadeiro potencial de nossa carteira sem equivalente de ativos, de marcas ou de filiais", disse Murdoch em uma assembleia de acionistas em meados de junho.
A ação da News Corp. já vale quase 50% a mais hoje do que quando a divisão foi anunciada há um ano, segundo os analistas, já que o mercado considerou os lucros que a operação supõe.
Preservar outras marcas do escândalo
Esta divisão também é resultado, pelo menos em parte, do escândalo das escutas ilegais que atingiu os tabloides britânicos do grupo, o jornal popular News of the World, que acabou fechando, e o "The Sun", que continua sendo o de maior impressão da imprensa britânica.
"O grupo não queria que o escândalo prejudicasse suas outras marcas como a Fox", a rede de televisão norte-americana, disse a empresa de pesquisas Trefis em um relatório recente.
Após a polêmica pelas escutas ilegais, a News Corp. retirou sua oferta para comprar 61% da rede britânica de televisão BSkyB. A separação, deixando que os riscos relacionados à investigação ainda em curso sobre as escutas recaia na empresa editorial, "pode abrir o caminho para uma nova oferta de compra de BSkyB por parte da 21st Century Fox", destacou Trefis.
Além da Fox e BSkyB, a nova empresa supervisionará a divulgação dos pacotes por satélite, incluindo Sky Italia e Sky Deutschland, assim como a produção dos estúdios 20th Century Fox. Estas atividades têm um peso de cerca de 23,5 bilhões de dólares no volume de operações anuais e são mais rentáveis que as editoriais.
A nova News Corp. não registrará mais de 9 bilhões de dólares no volume de vendas, se associará à editora Harper Collins, a uma série de jornais, tabloides e jornais de prestígio, como The Wall Street Journal ou o The Times de Londres, e a agência de notícias Dow Jones Newswires.
"A separação é um passo positivo para ambas as unidades, mas será interessante ver como a parte editorial possa reviver em um momento em que a transição à Internet reduziu as receitas de publicidade e as vendas" de jornais, disse Trefis.
Apesar do escândalo das escutas, com um julgamento em setembro, no Reino Unido, e potenciais demandas de indenização em cascata, a empresa terá a vantagem de estar pronta para aquisições desde o começo sem dívidas e 2,6 bilhões de dólares em reservas.