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Governo do Chile acusa ativistas de conluio com 'piqueteiros' argentinos

A presença de encapuzados é comum nas passeatas estudantis, que se tornaram maciças a partir de abril de 2011

SANTIAGO - Os encapuzados chilenos, que na quarta-feira (26/6) provocaram o caos em Santiago ao erguer barricadas em pontos críticos da cidade, estão ligados aos "piqueteiros" argentinos, afirmou nesta sexta-feira (28/6) o ministro do Interior e Segurança, Andrés Chadwick.

"É a tática dos ;piqueteiros; argentinos. Essa coordenação ainda existe. Há contato com os argentinos que operam surpreendendo com interrupções no trânsito e tentando conseguir a maior perturbação", dijo Chadwick, em entrevista à rádio ADN.

"Esse é o grupo mais organizado dentro dos encapuzados. Eles escolhem o local e o momento", acrescentou.



Na quarta-feira (26/6), horas antes de uma gigantesca passeata de estudantes, pelo menos em 30 pontos críticos de Santiago grupos de encapuzados ergueram barricadas incendiárias e enfrentaram a polícia.

Os incidentes, que terminaram com apenas dez detidos, provocaram gigantescos engarrafamentos na hora do rush de manhã em Santiago.

A marcha posterior reuniu mais de 100 mil manifestantes, de acordo com os organizadores, ou 50 mil, segundo a polícia, e também terminou em confrontos entre encapuzados e a polícia. Cerca de 100 pessoas foram detidas.

A presença de encapuzados é comum nas passeatas estudantis, que se tornaram maciças a partir de abril de 2011. Na época, os estudantes foram às ruas para exigir uma profunda reforma ao sistema educacional herdado da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).