A revista alemã Der Spiegel afirma que a UE era um dos "objetivos" da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana, acusada de espionar as comunicações eletrônicas em todo o mundo com o programa PRISM.
A publicação sustenta as acusações com documentos confidenciais a que teve acesso graças às revelações do ex-consultor americano, Edward Snowden, procurado pela justiça de seu país.
Para executar as atividades de espionagem, microfones teriam sido instalados no edifício e a agência teria entrado na rede de informática, o que permitia a leitura dos e-mails e documentos internos.
No sábado, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, se mostrou "profundamente preocupado e impactado com as acusações de espionagem das autoridades americanas nos escritórios da UE".
Ele disse que se as acusações forem comprovadas, isto prejudicaria consideravelmente as relações entre UE e Estados Unidos. Schulz pediu "um esclarecimento completo e informações adicionais rápidas" das autoridades americanas.
De acordo com a Der Spiegel, Washington tomou como alvos os escritórios da UE em Bruxelas e nos Estados Unidos.
A representação da UE na ONU também foi objeto de uma vigilância similar, segundo a revista.