Agência France-Presse
postado em 30/06/2013 10:54
Jerusalém - O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, John Kerry, anunciou neste domingo (30/6) um "progresso real" nas conversações com os líderes israelenses e palestinos para a retomada das negociações diretas de paz, mas fontes palestinas e americanas descartaram grandes avanços. "Concordamos que fizemos um progresso real, mas temos muitas coisas nas quais precisamos trabalhar", disse Kerry ao lado do presidente palestino, Mahmud Abbas, na sede da Autoridade Palestina em Ramallah.
Mas o negociador palestino Saeb Erakat afirmou que a nova missão de Kerry não se traduziu em um "avanço" no processo de paz. "Até o momento não aconteceu um avanço e ainda existe um abismo entre as posições palestinas e israelenses", afirmou Erakat.
O secretário de Estado americano intensificou os esforços para reativar o processo de paz entre Israel e os palestinos.
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Mas o negociador palestino Saeb Erakat afirmou que a nova missão de Kerry não se traduziu em um "avanço" no processo de paz. "Até o momento não aconteceu um avanço e ainda existe um abismo entre as posições palestinas e israelenses", afirmou Erakat.
O secretário de Estado americano intensificou os esforços para reativar o processo de paz entre Israel e os palestinos.
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Kerry se reuniu até a madrugada deste domingo com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Também estavam presentes a ministra da Justiça, Tzipi Livni, responsável pelas negociações com os palestinos, o conselheiro de Segurança Nacional, Yaakov Amidror, e o enviado especial de Netanyahu para o processo de paz, o advogado Yitzhak Molcho.
A rádio militar israelense informou que Kerry não conseguiu um compromisso dos dois lados para garantir o retorno à mesa de negociações, seu principal objetivo.
Os assessores de Kerry também minimizaram a esperança de avanços importantes e priorizavam a tentativa de progressos graduais, que permitam negociações diretas entre palestinos e israelenses. Fontes palestinas manifestaram pessimismo. "Netanyahu e seu governo não são sérios sobre a criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967. Falam de um Estado sem fronteiras claras e nós precisamos de clareza, de acordo com as resoluções internacionais", disse Azam al-Ahmed, alto funcionário do partido de Abbas, o Fatah.
Abbas exige, para retomar as negociações, o congelamento total da colonização e uma referência às linhas de antes da ocupação israelense dos Territórios Palestinos, em junho de 1967, como base das discussões.
O presidente palestino também deseja a libertação dos prisioneiros palestinos detidos há mais tempo por Israel, um dos aspectos cruciais discutidos com Kerry.
Mas Netanyahu rejeita "condições prévias" e afirma que está disposto a negociar a qualquer momento.
De acordo com a imprensa israelense, a prefeitura de Jerusalém deve autorizar na segunda-feira o início de uma nova etapa de um projeto de construção de 930 casas em Jerusalém Leste, ocupada e anexada.
Questionado pela AFP, Erakat afirmou que esta seria "a resposta de Netanyahu a tudo o que diz Kerry, a suas ideias e esforços".