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Obama e Putin encarregam FBI e FSB de solucionar caso Snowden

Snowden, ex-analista de inteligência americano e que fez revelações espetaculares sobre a vigilância eletrônica dos EUA no mundo, está bloqueado na zona de trânsito do aeroporto de Moscou-Sheremetievo

Agência France-Presse
postado em 01/07/2013 11:54
Obama durante pronunciamento em Washington e Putin durante conferência da Comissão Europeia

Moscou -
O presidente russo, Vladimir Putin, e seu colega americano, Barack Obama, encarregaram os chefes do FSB e do FBI de solucionar o caso de Edward Snowden, ex-consultor de inteligência refugiado em um aeroporto de Moscou, anunciou nesta segunda-feira (1;/7) um funcionário de alto escalão da Rússia.

"Encarregaram o diretor do FSB, (Alexandre) Bortnikov, e o diretor do FBI, (Robert) Mueller, de estar em contato permanente e encontrar soluções", declarou o chefe do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrouchev, à rede Róssia 24. "Sua tarefa não é simples, já que eles (Bortnikov e Mueller) devem encontrar uma solução no âmbito das normas do direito internacional", ressaltou Patrouchev, ex-diretor do FSB (Serviço Federal de Segurança). "Até hoje, não é possível dizer que há solução", declarou Patrouchev.



Ex-analista de inteligência americano

Snowden, ex-analista de inteligência americano e que fez revelações espetaculares sobre a vigilância eletrônica dos Estados Unidos no mundo, está bloqueado na zona de trânsito do aeroporto de Moscou-Sheremetievo desde 23 de junho, já que seu passaporte foi cancelado pelos Estados Unidos, que pedem sua extradição e o acusaram de espionagem. A Rússia, que não tem acordo de extradição com os Estados Unidos, afirmou que não tem razão para acusá-lo de nada, argumentando que ele não cruzou realmente sua fronteira, ou seja, o controle de passaportes.

Mas Snowden, que continua sem ser visto no aeroporto desde 23 de junho, não embarcou em um avião rumo a Cuba, a bordo do qual havia reservado um lugar, e fontes russas afirmaram que não poderia viajar com um passaporte cancelado. O Equador, que recebeu um pedido de asilo político, indicou que só pode examinar seu pedido se ele entrar em seu território, e afirmou que a solução está "nas mãos das autoridades russas".

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