Agência France-Presse
postado em 01/07/2013 16:06
CAIRO - Os grandes eventos no Egito desde a chegada ao poder de Mohamed Mursi há um ano.
Os opositores ao presidente islamita denunciam o autoritarismo de seu poder e o domínio da Irmandade Muçulmana no país.
- 2012 -
- 30 de junho: Mohamed Mursi toma posse após vencer as eleições presidenciais com 51,73% dos votos, sucedendo Hosni Mubarak, derrubado por uma revolta popular em fevereiro de 2011. Ele é o primeiro chefe de Estado egípcio a ser eleito democraticamente, e também o primeiro islamita e o primeiro civil a dirigir o país.
Os opositores ao presidente islamita denunciam o autoritarismo de seu poder e o domínio da Irmandade Muçulmana no país.
- 2012 -
- 30 de junho: Mohamed Mursi toma posse após vencer as eleições presidenciais com 51,73% dos votos, sucedendo Hosni Mubarak, derrubado por uma revolta popular em fevereiro de 2011. Ele é o primeiro chefe de Estado egípcio a ser eleito democraticamente, e também o primeiro islamita e o primeiro civil a dirigir o país.
- 12 de agosto: Mursi afasta o marechal Hussein Tantawi, ministro da Defesa, que se tornou chefe de Estado após a queda de Hosni Mubarak, e suspende as amplas prerrogativas políticas dos militares.
- 22 de novembro: Início de uma crise política desencadeada por um decreto em que Mursi estende seus poderes e os coloca acima de qualquer controle judicial.
No dia 30, um projeto de Constituição é aprovado pela Comissão Constitucional, que foi boicotada pela oposição de esquerda e laica, assim como pelos círculos cristãos.
A decisão de Mursi provoca uma série de protestos, que causaram violentos confrontos entre opositores e partidários do regime.
Os confrontos causam a morte de sete pessoas e deixam centenas de feridos em 5 de dezembro perto do palácio presidencial.
- 8 de dezembro: Mursi aceita abandonar o projeto que fortalece seus poderes para superar a crise, mas mantém o referendo sobre um polêmico projeto de Constituição. Entre os dias 15 e 22 de dezembro a Constituição defendida por islamitas é aprovada (cerca de 64%), após um referendo boicotado pela oposição.
- 2013 -
- 24 de janeiro: Início de uma nova onda de violência entre manifestantes e policiais na véspera do segundo aniversário da revolta que derrubou Mubarak. São registrados sessenta mortes em uma semana, incluindo 40 em Port Said (nordeste), após o anúncio das sentenças de morte de 21 torcedores do clube de futebol local por seu envolvimento em um grave episódio de violência após uma partida contra uma equipe do Cairo (74 mortos em 2012).
- 19 de abril: Mais de cem feridos em confrontos no Cairo entre manifestantes anti e pró-Mursi.
- 02 de junho: A justiça invalida o Senado, que assume o poder legislativo na ausência da Assembleia, assim como a comissão que elaborou a Constituição. A Presidência reage dizendo que o Senado - um organismo historicamente sem poder que ganhou um papel legislativo quando a Assembleia do Povo foi dissolvida por ordem judicial - vai continuar a legislar até que novas eleições legislativas sejam realizadas, e que a lei fundamental é intocável.
- 26-29 junho: Manifestações pró e anti-Mursi. Os confrontos causam oito mortes, incluindo a de um americano, principalmente em Alexandria e no Delta do Nilo.
- 30 de junho: Manifestações em massa contra o presidente. A multidão ocupa as ruas do Cairo e de muitas outras cidades, gritando "O povo quer a queda do regime", mesmo lema do início de 2011 contra o governo de Hosni Mubarak. Pelo menos dezesseis mortes no país, incluindo oito em confrontos entre manifestantes favoráveis e contrários a Mursi no Cairo.
- 01 de julho: A oposição dá 24 horas a Mursi para que renuncie. O movimento Tamarrod (rebelião, em árabe) pede que o Exército "tome uma posição clara ao lado da vontade popular".
O Exército exige que as "demandas do povo sejam atendidas", para a alegria dos opositores que reivindicam a saída de Mursi. Se estas exigências não forem cumpridas no prazo de 48 horas, o Exército vai anunciar "medidas para supervisionar a sua implementação".
- 30 de junho: Manifestações em massa contra o presidente. A multidão ocupa as ruas do Cairo e de muitas outras cidades, gritando "O povo quer a queda do regime", mesmo lema do início de 2011 contra o governo de Hosni Mubarak. Pelo menos dezesseis mortes no país, incluindo oito em confrontos entre manifestantes favoráveis e contrários a Mursi no Cairo.
- 01 de julho: A oposição dá 24 horas a Mursi para que renuncie. O movimento Tamarrod (rebelião, em árabe) pede que o Exército "tome uma posição clara ao lado da vontade popular".
O Exército exige que as "demandas do povo sejam atendidas", para a alegria dos opositores que reivindicam a saída de Mursi. Se estas exigências não forem cumpridas no prazo de 48 horas, o Exército vai anunciar "medidas para supervisionar a sua implementação".