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Kerry diz que EUA e Rússia não desistem de conferência sobre Síria

No entanto, esta conferência, chamada de Genebra 2, que deveria inicialmente ser convocada para junho, será adiada novamente

Agência France-Presse
postado em 02/07/2013 10:29
Bandar Seri Begawan - O secretário americano de Estado, John Kerry, afirmou nesta terça-feira (2/7) que os Estados Unidos e a Rússia não desistem de uma conferência internacional sobre a Síria, mas que ela precisa ser realizada depois de agosto. Estados Unidos e Rússia "consideram que a conferência deve ocorrer o quanto antes", declarou depois de se reunir com seu colega russo Serguei Lavrov, à margem de uma reunião de países da Ásia-Pacífico em Brunei.

John Kerry faz uma declaração à imprensa sobre seu encontro com o chanceler russo, Sergey Lavrov na embaixada os EUA em Bandar Seri Begawan

No entanto, esta conferência, chamada de Genebra 2, que deveria inicialmente ser convocada para junho, será adiada novamente. Não ocorrerá em julho devido às consultas entre Estados Unidos e Rússia destinadas a solucionar suas divergências sobre o tema e "agosto é muito difícil para os europeus e outros" países, afirmou Kerry, referindo-se de maneira implícita às férias de verão. Estados Unidos e Rússia querem que a conferência de Genebra sirva para abrir negociações entre o regime e a oposição na Síria depois de mais de dois anos de conflito.



[SAIBAMAIS]Mas os dois países estão em desacordo em vários pontos, entre eles no desejo da Rússia de que o Irã participe das negociações. Rússia e Irã são os principais apoios ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad. John Kerry reiterou o acordo entre Estados Unidos e Rússia sobre uma transição política com a formação de um governo composto ao mesmo tempo por membros do regime e da oposição. "Estamos firmes, mais que firmes na disposição (de continuar) o processo de Genebra", afirmou.

Em junho de 2012, a primeira conferência de Genebra reuniu chefes da diplomacia dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, China, Rússia, França e Grã-Bretanha), representantes de Iraque, Kuwait, Qatar, Turquia e autoridades da ONU e da União Europeia. Desde que começou, em março de 2011, o conflito na Síria deixou mais de 100.000 mortos.

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