Mundo

Nascimento do bebê real leva os ingleses às casas de apostas

Os apostadores esperam que os palpites sobre o nascimento do "bebê real" superem os que foram feitos quando seus pais se casaram, em abril de 2011

Agência France-Presse
postado em 02/07/2013 13:34
Londres - Alexandra, Diana, George ou Waine? Esses são apenas algumas das sugestões aventadas ante a proximidade do nascimento do primogênito do príncipe William e de sua esposa Kate Middleton no Reino Unido, que inspira apostadores do mundo inteiro a tentar prever não apenas o nome, como também o sexo, o peso e a cor de cabelo do futuro herdeiro. Os apostadores esperam que os palpites sobre o nascimento do "bebê real" superem os que foram feitos quando seus pais se casaram, em abril de 2011. O casamento estabeleceu um recorde na categoria de apostas não-esportivas ou hípicas.

Duquesa de Cambridge, Kate Middleton

"É um mercado mundial. Assim como os britânicos, há pessoas no mundo todo que gostam da família real", declarou à AFP Joe Crilly, da casa de apostas William Hill. Tudo o que se relaciona a este nascimento está sujeito a previsões, até mesmo a forma como Kate dará à luz: cesariana ou parto normal, afinal, seria ela "elegante demais para fazer força?" (too posh to push, no trocadilho em inglês)? Porém, o nome é o que mais parece interessar aos apostadores. Alexandra, seguida por Charlotte, Elizabeth, Diana e Victoria são os nomes femininos que encabeçam a lista de apostas. Para quem acredita que será um menino, os principais são George, James e Louis.



[SAIBAMAIS]Alexandra é o segundo nome da rainha Elizabeth II, Charlotte é o nome do meio da irmã de Kate (Pippa) e da esposa do rei George III, enquanto a escolha do nome Victoria seria uma homenagem à monarca que ocupou o trono da Inglaterra por mais tempo. Entre as opções mais improváveis e esquisitas estão Hashtag, uma palavra bastante utilizada nas redes sociais, para a qual uma casa irlandesa aceitou uma aposta de 500 contra 1. Os nomes Wayne e Waynetta, casal protagonista de uma série de comédia britânica, estão cotados em 250 para 1 e 500 para 1, respectivamente.

O mais improvável, porém, é o nome do cantor pop sul-coreano Psy, cotado em 5.000 contra 1, assim como North, nome do filho do rapper americano Kanye West com a estrela de reality show Kim Kardashian. "Vemos que há um dilema difícil porque, por um lado, William e Kate são um casal bastante moderno, mas, por outro, têm mil anos de tradição real por trás deles e não querem contrariar o reino", explicou à AFP Rory Scott, porta-voz da casa de apostas Paddy Power.

Os nomes femininos dominam as apostas, o que significa que as pessoas se inclinam mais à possibilidade de ser uma menina. Um suposto lapso de Kate desencadeou estes rumores, embora o casal garanta que não sabe o sexo do bebê. Se a previsão oficial é de que o bebê deve chegar "em meados de julho", várias casas de apostas acham que será na primeira semana do mês. Isso porque há quem ache que Kate pode ter seguido o exemplo de Diana que, quando estava grávida do príncipe William, havia dito que daria à luz em uma data posterior à verdadeira.

A cor favorita de cabelo é o castanho, seguido pelo loiro e o negro, sendo a possibilidade de um bebê ruivo, como o seu tio Harry, considerada menos provável. "Achávamos que o casamento (de William e Kate) seria o maior acontecimento real em matéria de apostas, mas o nascimento será mais importante", informou Alex Donohue, da casa Ladbrokes, que disse estar recebendo apostas "do mundo inteiro".

Segundo Rory Scott, a casa Paddy Power aceitou 10 mil apostas e prevê que vai obter 30% a mais de palpites do que no casamento, movimentando cerca de 300 mil libras (ou mais de 1,02 milhão de reais). Apesar disso, esse valor é considerado baixo se comparado com os lucros obtidos em função de acontecimentos esportivos, como a corrida de cavalos Grand National, quando um único apostador pode ganhar 50 milhões de libras. Mas o mercado está em expansão. As primeiras apostas sobre a família real foram aceitas durante o casamento Charles e Diana e na época do nascimento do príncipe William, lembra Graham Sharpe, que trabalha há 40 anos para a William Hill. "Antes disso, não eram aceitas, mas quando a princesa Diana entrou para a família real, tudo se flexibilizou um pouco. Então pensamos que era o momento de estudar o terreno", explicou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação