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Barack Obama encerra giro pelo continente africano na Tanzânia

Obama, que passou por Senegal e África do Sul, visitou a central elétrica de Ubungo para promover seu plano de ajuda à eletrificação da África

Agência France-Presse
postado em 02/07/2013 14:11
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encerrou nesta terça-feira (2/7) na Tanzânia seu primeiro grande giro pelo continente africano, fazendo um apelo à ação para que seja alcançado o pleno acesso à eletricidade, de modo a favorecer a economia. Obama, que passou por Senegal e África do Sul, visitou a central elétrica de Ubungo para promover seu plano de ajuda à eletrificação da África, batizado de "Power África" no valor de 7 bilhões de dólares, que foi lançado no último domingo na Cidade do Cabo (África do Sul).

O presidente dos EUA, Barack Obama e a primeira-dama Michelle Obama sobem as escadas do Air Force One em sua partida de Dar es Salaam

"Todos nós devemos ter um senso de urgência. Se queremos eletrificar a África, isso deve ser feito rapidamente", disse o presidente americano. Obama anunciou um plano de cinco anos para melhorar as redes de energia na África, dobrando o acesso à energia elétrica na região subsaariana do continente. Nas regiões subsaarianas, mais de dois terços da população não tem eletricidade. "Power África proporcionará um enorme potencial energético, incluindo novas descobertas de grandes reservas de petróleo e gás, e também o potencial para desenvolver energia limpa, como solar, eólica ou geotérmica", declarou em um comunicado da Casa Branca.



[SAIBAMAIS]Os países envolvidos no plano são a Etiópia, Gana, Quênia, Libéria, Nigéria e Tanzânia. A visita de Obama, apenas a segunda ao continente desde a sua eleição em 2008, e seu primeiro verdadeiro giro, teve como objetivo promover um novo tipo de relação entre os Estados Unidos e a África. Este continente, economicamente cortejado por potências emergentes como China e Brasil, é visto como uma região de "enormes" oportunidades econômicas, nas palavras do próprio Obama.

"Vejo a África como o próximo grande êxito mundial, e os Estados Unidos querem se associar a este êxito", disse o presidente em um discurso em Dar es Salaam. "Contemplamos um novo modelo que não se baseia apenas em auxílio e assistência, mas também em comércio e alianças" econômicas, insistiu Obama na Tanzânia. "O objetivo final é que os africanos construam a África para os africanos. E a nossa tarefa é sermos parceiros neste processo", disse o presidente dos Estados Unidos, um afro-americano, cuja eleição havia gerado uma enorme esperança no continente.

A Tanzânia, país escolhido para ser a última etapa do giro, confirmou o seu peso crescente na região, graças a uma economia dinâmica e a um bom equilíbrio democrático. Além disso, a Tanzânia é próxima ao Quênia, país de origem do pai de Obama, e para onde o presidente prometeu viajar antes do final de seu mandato. Nas etapas anteriores desta viagem, Obama elogiou em Dacar a democracia no Senegal, e na África do Sul prestou homenagem a Nelson Mandela, herói da luta contra o apartheid, que aos 95 anos está entre a vida e a morte em um hospital de Pretória.

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