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Rei da Bélgica, Albert II, abdicará do trono dia 21 de julho deste ano

A Casa Real belga não confirmou o anúncio da abdicação, mas disse que o Rei se dirigirá nesta quarta-feira à população

Agência France-Presse
postado em 03/07/2013 12:06
A Casa Real belga não confirmou o anúncio da abdicação, mas disse que o Rei se dirigirá nesta quarta-feira à população
Bruxelas - O rei dos belgas, Albert II, de 79 anos, anunciará nesta quarta-feira (3/7) por televisão e rádio que abdicará em 21 de julho, dia da Festa Nacional da Bélgica, após 20 anos no trono, anunciou a imprensa do país. "O rei anunciará sua abdicação às 18h00" (13h00 de Brasília), durante um discurso transmitido nas quatro redes de televisão nacional e emissoras de rádio do país, afirmaram os jornais Le Soir e De Standaard.

[SAIBAMAIS]A Casa Real belga não confirmou o anúncio da abdicação, mas disse que o Rei se dirigirá nesta quarta-feira à população. O príncipe Philippe, de 53 anos e casado com a princesa Mathilde, é o herdeiro ao trono. Se esta informação for confirmada, Albert II será o primeiro rei na história da Bélgica a deixar o trono por sua própria vontade.

Albert II, que chegou ao trono após a morte de seu irmão Baudouin - que não teve filhos -, participou nesta manhã de uma reunião restrita do Conselho de Ministros, presidido pelo primeiro-ministro, Elio Di Rupo. Casado com a rainha Paola, teve três filhos: Philippe, Astrid e Laurent. Segundo uma biografia não autorizada, teria tido uma filha, Delphine Boel, de uma relação extraconjugal com uma aristocrata belga, a baronesa Sybille de Selys-Longchamps.
Esta é a segunda renúncia de um monarca europeu este ano, depois que Beatrix da Holanda deixou o trono em favor de seu filho, Willem-Alexander, casado com a argentina Máxima, que se tornou rainha consorte.

Albert II é casado com a rainha Paola e teve três filhos: Philippe, Astrid e Lorenz. O príncipe Philippe, duque de Brabante de 53 anos e casado com a princesa Mathilde, é o herdeiro do trono. Na Bélgica, a monarquia recebe o apoio da população, mas o filho mais velho de Albert II não é muito popular, apesar de muitos acharem que ele pode renovar o trono.



A família real belga, cujo papel unificador tem sido chave no país em tempos de crise política, tem protagonizado este ano uma onda de escândalos que recheiam páginas e páginas de tabloides.

A rainha Fabíola, que nunca abdicou depois da morte do seu marido, o rei Balduíno, indignou recentemente a população ao criar uma fundação para salvar seu patrimônio dos altos impostos, em meio a um dos piores momentos da crise europeia.

Além disso, segundo uma biografia não autorizada, o rei teria tido uma filha, Delphine Bo;l, fruto de um relacionamento extraconjugal com uma aristocrata belga, a baronesa Sybille de Selys-Longchamps, que alimentou o escândalo ao revelar à imprensa detalhes sua suposta relação "de dez anos" com o monarca.

A suposta filha ilegítima de Albert II solicitou à justiça belga a realização de exames de DNA para comprovar seu parentesco.

Um dos filhos legítimos de Albert II, Lorenz, é acusado de ser a "ovelha negra" da família, dando combustível a livros e documentários sobre o seu suposto gosto pelo luxo e pela ostentação, sua inclinação à violência, os conflitos que teve com a justiça e as decisões equivocadas que tomou, como visitar o Congo contra as recomendações do governo e da Casa Real, o que o afastou dos atos oficiais.

A Constituição belga limita os poderes da monarquia a um mero papel de representação e símbolo de unidade, muito importante em um país historicamente dividido por disputas por soberania entre o norte e o sul.

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