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Unsasul considera estranho incidente de Evo Morales na Europa

O secretário-geral da Unasul confirmou o envio aos presidentes dos países membros da secretaria de um pedido do Equador para uma reunião "urgente", que pretende analisar o caso

Quito - A secretaria-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) considerou estranho que países europeus tenham negado permissão ao presidente da Bolívia, Evo Morales, para sobrevoar seu espaço aéreo, ao recordar que a União Europeia (UE) manifestou preocupação com espionagem do governo dos Estados Unidos revelada por Edward Snowden.

[SAIBAMAIS]"É estranho que este fato aconteça quando todos os governos da União Europeia manifestam preocupação com o alcance do programa de espionagem do governo dos Estados Unidos sobre suas populações", afirmou o secretário-geral da Unasul, o venezuelano Alí Rodríguez, em um comunicado divulgado em Quito, sede do organismo regional. A secretaria também critica a "perigosa atitude assumida por França e Portugal, ao cancelar intempestivamente a permissão de sobrevoo" do avião de Morales, que retornava a La Paz depois de participar em Moscou no Fórum de Países Exportadores de Gás.



Rodríguez confirmou o envio aos presidentes dos países membros da Unasul de um pedido do Equador para uma reunião "urgente", que pretende analisar o caso. França, Portugal, Itália e Espanha proibiram que o avião de Morales entrassem em seu espaço aéreo, segundo a Bolívia pelo temor de que transportasse o americano Snowden, acusado de espionagem por Washington por ter revelado um programa de espionagem das comunicações a nível global do governo de Barack Obama. A recusa obrigou Morales a pousar em Viena, mas Paris, Lisboa e Roma retiraram os vetos horas depois.