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ONU quer que países que proibiram o voo de Morales discutam o assunto

O avião de Morales foi proibido de ingressar nos espaços aéreos de Portugal, da França, da Itália e da Espanha porque havia suspeitas de que Snowden estivesse a bordo

postado em 04/07/2013 10:57
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse compreender as preocupações do governo da Bolívia, que encaminhou queixa ao órgão depois que o avião presidencial foi proibido de sobrevoar quatro países da Europa e aterrissar. Ban Ki-moon pediu que os governos envolvidos debatam a questão com respeito aos legítimos direitos. Ele se sente ;aliviado; pelo incidente não ter causado ;consequências para segurança" do presidente boliviano, Evo Morales e de sua comitiva.

[SAIBAMAIS]A reação de Ban Ki-moon ocorreu por intermédio de comunicado da ONU. ;Compreendo as preocupações do governo da Bolívia", diz o texto. ;[Estou] aliviado por esse infeliz incidente não ter tido consequências para a segurança do presidente Morales e da comitiva." O secretário-geral disse ter apelado aos ;países implicados que debatam a questão, respeitando os legítimos interesses; em discussão. A Bolívia disse ter encaminhado queixa formal contra Portugal, a Espanha, a França e a Itália por terem fechado o espaço aéreo para a aeronave presidencial.



Na terça-feira (2/7), o avião de Morales foi proibido de ingressar nos espaços aéreos de Portugal, da França, da Itália e da Espanha porque havia suspeitas de que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estivesse a bordo. Morales foi obrigado a desviar a rota e aguardar autorização para seguir viagem, em Viena, na Áustria. Snowden é acusado de espionagem nos Estados Unidos e está na Rússia à espera da concessão de asilo político. O ex-agente denunciou que os norte-americanos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. O norte-americano pediu asilo a 21 países, inclusive ao Brasil.

Os presidentes Dilma Rousseff, Ollanta Humala (Peru), Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai) e Rafael Correa (Equador) prestaram solidariedade Morales. Nas declarações, eles consideraram os atos dos governos europeus uma violação à América Latina.

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