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Secretário americano John Kerry volta ao Oriente Médio nesta semana

O objetivo é tentar relançar as negociações entre israelenses e palestinos

Agência France-Presse
postado em 07/07/2013 16:01

O objetivo é tentar relançar as negociações entre israelenses e palestinos

Jerusaláem - O secretário de Estado americano, John Kerry, fará uma nova viagem pelo Oriente Médio nos próximos dias para tentar relançar as negociações entre israelenses e palestinos, anunciou a imprensa de Israel neste domingo. Segundo os jornais "Yediot Aharonot" e "Haaretz", Kerry chegará a Israel no final da semana.

Em sua última visita, que terminou em 30 de junho, o secretário americano protagonizou negociações maratônicas para retomar esse diálogo bilateral paralisado há quase três anos. Kerry disse que houve "avanços reais", o que foi negado pelos palestinos.

Desde então, Frank Lowenstein, um dos dois colaboradores de Kerry que permaneceram na região, reuniu-se "quase que diariamente" com autoridades israelenses e com o negociador palestino Saeb Erakat, completou o "Haaretz".



"Lowenstein tenta convencer as duas partes a aceitarem um documento com os princípios básicos para retomar as negociações, mas não houve nenhum acordo", completou o jornal.

[SAIBAMAIS]No início de julho, uma autoridade palestina disse à AFP que Kerry apresentou uma "iniciativa para retomar negociações diretas e intensivas por seis a nove meses para conseguir um acordo de paz".

Essa iniciativa parte dos princípios propostos pelo presidente americano, Barack Obama, em 2011, que manifestou o desejo da criação de um Estado palestino com base nas fronteiras existentes antes da Guerra dos Seis Dias de junho de 1967. Não prevê, porém, a suspensão da colonização israelense - uma exigência dos palestinos, acrescentou a mesma fonte, que pediu para não ser identificada.

Segundo o jornal "Al Hayat", com sede em Londres, que cita fontes diplomáticas ocidentais, as negociações podem levar de seis a nove meses, período no qual se decretaria uma suspensão da construção de novos assentamentos fora dos principais blocos de colônias da Cisjordânia.

O jornal acrescenta que Israel pode vir a libertar 103 prisioneiros palestinos detidos antes dos acordos de Oslo de 1993, além de permitir aos palestinos o desenvolvimento de projetos no setor "C" da Cisjordânia. Nessa área, 60% do território está sob controle total de Israel.

Nenhuma fonte do governo Israelense confirmou essas informações.

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