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Jornal espanhol diz que Rajoy recebeu bônus ilegais quando era ministro

O jornal calcula que Mariano Rajoy recebeu o equivalente a 25.242 euros em 1998, além de seu salário de ministro na época

Agência France-Presse
postado em 09/07/2013 08:55
Madri - O Partido Popular (PP, conservador), no poder na Espanha, voltou a desmentir nesta terça-feira o pagamento de bônus aos seus líderes nos anos 1990, entre eles o atual chefe de governo Mariano Rajoy, após a publicação de documentos contábeis manuscritos apresentados como originais.

Mariano Rajoy negou em fevereiro ter recebido somas ilegais

O jornal El Mundo (centro-direita) publica nesta terça-feira a imagem de uma folha manuscrita atribuída ao ex-tesoureiro do PP, Luis Barcenas - detido agora por um caso de corrupção - onde aparece o nome de Rajoy. "Os originais de Barcenas indicam que Rajoy recebeu bônus ilegais durante ao menos três (1997, 1998 e 1999) dos anos em que foi ministro do Governo de José María Aznar", indica o El Mundo.

A promotoria anticorrupção investiga desde o fim de janeiro a eventual existência de uma contabilidade oculta no PP.

O jornal calcula que Mariano Rajoy recebeu o equivalente a 25.242 euros em 1998, além de seu salário de ministro na época, quando os bônus aos ministros estavam proibidos, segundo o El Mundo.

[SAIBAMAIS]

Mariano Rajoy negou em fevereiro ter recebido somas ilegais.

"Os originais de Luis Barcenas publicados hoje pelo El Mundo pulverizam o álibi apresentado até agora pelo PP direcionado a negar a veracidade dos papéis de seu ex-tesoureiro", afirma o jornal.

O PP voltou a desmentir nesta terça-feira a existência destas práticas. "O Partido Popular reitera que desconhece estas anotações e seu conteúdo, e não reconhece, em nenhum caso, como contabilidade deste grupo político".



"O PP também quer reiterar que todas as retribuições aos cargos e funcionários do partido foram realizadas sempre conforme a legalidade e cumprindo as obrigações tributárias correspondentes", afirma o PP em um comunicado.

Luis Barcenas foi detido de forma provisória no dia 27 de junho no âmbito de outra investigação sobre um caso de corrupção que também afeta a direita espanhola desde 2009.

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