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Strauss-Kahn lembra de momento 'terrível' após ser algemado em Nova York

Strauss-Kahn declarou que naquele momento se sentiu muito irritado, em uma entrevista concedida em Paris e apresentada pela CNN

Agência France-Presse
postado em 10/07/2013 08:43
Washington - O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn voltou a lembrar o momento "terrível", há dois anos em Nova York, em que foi apresentado algemado diante das câmeras sem entender "o que acontecia" e "porque estava ali", durante uma entrevista nesta quarta-feira à rede de televisão americana CNN.

Ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn

O francês Strauss-Kahn, detido no dia 14 de maio de 2011 depois de ter sido acusado de estupro por uma funcionária do hotel Sofitel de Nova York, declarou que naquele momento se sentiu muito irritado, em uma entrevista concedida em Paris e apresentada pela CNN como a primeira em inglês do ex-diretor-gerente do FMI desde que renunciou ao cargo.

"Estava muito irritado, não entendia o que estava acontecendo, não entendia porque estava ali", explicou em referência ao momento, comum nos Estados Unidos, em que uma pessoa detida é apresentada diante das câmeras algemada. "É algo realmente terrível. O problema é que este é um momento no qual, na sociedade americana e europeia, uma pessoa é supostamente inocente até que seja declarada culpada", acrescentou.

[SAIBAMAIS]

No entanto, "mostram publicamente as pessoas (detidas) como se fossem criminosas num momento em que ninguém sabe se é verdade ou não. Podem ser criminosas ou não. As provas vêm depois. Não é justo colocar as pessoas nesta posição diante do resto do mundo quando não se sabe o que fizeram", defendeu.

Strauss-Kahn, que precisou renunciar por este caso e desistiu de disputar como candidato socialista as eleições presidenciais francesas de 2012, também fala na entrevista sobre a Europa e seu sistema bancário.

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A procuradoria de Nova York abandonou a investigação depois de duvidar da credibilidade da declaração da demandante, Nafissatou Diallo, de nacionalidade guineana. O assunto terminou com um acordo financeiro confidencial em dezembro entre Strauss-Kahn e Diallo.

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