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Ministro suspeita que espionagem não está restrita a metadados

Paulo Bernardo diz que houve recolhimento de conteúdo por agências ligadas ao governo dos Estados Unidos

postado em 11/07/2013 19:28
Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse estar ;convencido; de que houve também recolhimento de conteúdo por agências ligadas ao governo dos Estados Unidos, caso se confirmem as suspeitas de coleta e monitoramento de metadados de cidadãos brasileiros pelo governo norte-americano. Metadados (dados que descrevem dados) são informações úteis para identificar, localizar, compreender e gerenciar os dados.

;É quase certeza [de que o conteúdo das conversas podem ter sido rastreados]. Se você tem os dados resumidos e, conforme os critérios selecionados, você pode atingir o nível de escuta de uma gravação ou de leitura de um e-mail, é evidente que dentro de um universo todo, você tem que ter os dados. A evidência toda é que os dados são todos coletados, embora a análise seja apenas desses chamados metadados. Ou seja, número de telefone, duração de chamada, destinatário, e-mail. Tudo indica que os dados são todos eles coletados;, disse o ministro após participar de audiência pública no Senado. ;Fiquei convencido de que o conteúdo é recolhido junto com todas as informações;.



;A minha convicção é que de fato há uma coleção e uma coletânea com todos os dados, e a análise é feita de forma simplificada, para facilitar;, disse o ministro pouco antes de minimizar a possibilidade de a espionagem ter obtido sucesso na obtenção de informações sigilosas a respeito do leilão do pré-sal. ;O leilão será feito com regras públicas, o edital tem de ser público e passado por consulta pública. As únicas informações que ficam reservadas são as estratégicas, como potencial de produção, tamanho da jazida;, disse.

Ontem, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, negou que agências norte-americanas monitorem metadados de cidadãos brasileiros e que as informações de que agências norte-americanas mantenham convênios com empresas brasileiras para ter acesso aos dados dos usuários de internet e telecomunicações em geral. Paulo Bernardo também considerou ;difícil; que haja participação direta de empresas brasileiras na suposta ;xeretagem internacional; promovida pelos EUA.

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